
A primavera começou há menos de um mês, mas quem aprecia o calor já aguarda com ansiedade a chegada da próxima estação. Neste ano, o verão inicia em 21 de dezembro de 2025, às 12h03 (de Brasília), conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
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A data marca também o solstício de verão no Hemisfério Sul. O evento astronômico indica o momento exato em que o sol atinge o ponto mais alto no céu e a distância máxima em relação aos pontos cardeais leste e oeste, transformando o dia no mais longo do ano.
O que esperar da estação?
No Brasil, o verão é caracterizado pelo clima chuvoso e as altas temperaturas. Mas, para 2026, ainda não é possível prever nos modelos meteorológicos em uso se as condições irão se repetir, explica Celso Luis de Oliveira Filho, meteorologista da Tempo OK.
O que se sabe é a presença do La Niña, fenômeno caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico e associado ao risco de seca em regiões produtoras de grãos no Brasil e Argentina. Porém, como deve ser curto e de fraca intensidade, deve provocar impactos limitados.
“Uma parte (do verão) será em neutralidade, ou seja, sem El Niño e La Niña. A neutralidade não quer dizer que a chuva e a temperatura estarão dentro da média. Isso é em relação ao Pacífico, porque os demais oceanos têm suas anomalias e inferências no Brasil. Na situação de neutralidade acaba tendo mais oscilações, com períodos mais chuvosos intercalados com períodos mais secos e períodos de muito calor intercalados com momentos não tão quentes”, afirma.
Na agricultura, o especialista alerta que a oscilação climática pode coincidir com momentos importantes na lavoura, como plantio, enchimento de grãos e colheita, e prejudicar produtores rurais.
“Nem sempre acontece uma coincidência positiva. Precisamos monitorar de Norte a Sul do Brasil diante desse risco”, finaliza.
De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), o La Niña deve persistir entre dezembro de 2025 e fevereiro de 2026. A transição para a neutralidade tem 55% de chances de acontecer entre janeiro e março do ano que vem.