
Inflação dos alimentos pesou no bolso do consumidor As vendas de hortaliças e frutas no Brasil caíram em maio, se comparadas ao mesmo período do ano passado. Entre os principais motivos para os recuos estão a oferta maior versus o apetite da demanda, além da inflação dos alimentos que pesou no bolso do consumidor. É o que mostra o 6º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta terça-feira (24/6).
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No caso das frutas, a comercialização acumulou queda de 3,5% em maio, em 11 Centrais de Abastecimento (Ceasas) do Brasil, comparando com mesmo período do ano passado. O destaque para as depreciações ficou com o mamão, que recuou 16,89%.
A queda acentuada do mamão se dá pelo aumento da oferta da variedade papaya, principalmente na primeira quinzena de maio, aliado à menor demanda dos consumidores por influência do clima mais frio. Ao mesmo tempo, o início de junho mostra um movimento não uniforme nas Ceasas, ao passo que a demanda europeia se mostra aquecida e deve orientar a produção para fora do Brasil.
Junto com o mamão, laranja, melancia e banana registraram queda de preços nos principais mercados atacadistas do país analisados pela Conab, no último mês.
De acordo com o levantamento da Conab, as cotações da laranja cederam 12,55%, mesmo com aumento da comercialização das frutas precoces, de melhor qualidade em relação às frutas tardias relativas ao fim da safra passada. A concorrência com outras frutas, como da mexerica poncã, e a baixas temperaturas também são fatores que pesaram.
O clima também influenciou na diminuição dos preços da melancia. Em maio, a média ponderada das cotações ficou 11,82% mais baixa. Já as cotações da banana caíram de forma leve, chegando a 2% na média ponderada.
Hortaliças
A comercialização das hortaliças caiu 14,79%, após longo período de alta, levando em consideração a média ponderada. “Pelo lado da oferta, maio marcou o começo da safra de inverno. A expectativa é que com a intensificação da safra, os valores de comercialização sigam com tendência de queda”, observou a Conab.
Já para alface, batata, cebola e cenoura, a Conab verificou movimento de alta. Essa elevação ocorreu em meio ao período de início da safra de inverno. No caso da alface, a média ponderada de preços da folhosa subiu 6,68%, em relação à média de abril. A safra de inverno da hortaliça que começou a entrar nos mercados não foi suficiente para segurar o preço, influenciando na alta registrada.
Exportações de frutas
Puxadas por Europa e Ásia, as exportações de frutas brasileiras nos cinco primeiros meses deste ano chegaram a 486 mil toneladas, alta de 24% em relação ao mesmo período de 2024, como mostra dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
A comercialização ao mercado internacional gerou um faturamento de U$S 548,7 milhões (FOB), 12,3% superior em relação ao mesmo período de 2024 e de 29% quando comparado com janeiro a maio de 2023.






