As vendas de defensivos agrícolas para cafeicultura no Brasil movimentaram US$ 493 milhões na safra 2024/25, valor 1% abaixo do registrado no ciclo anterior. A queda foi associada ao recuo de 10% nos preços em reais e ao impacto cambial negativo, também na faixa de 10%. No período, houve aumento de 20% na intensidade de tratamentos para proteção da cultura. Os dados são da consultoria Kynetec Brasil, que realizou 1,1 mil entrevistas com cafeicultores nas principais regiões produtoras do país.
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Segundo o levantamento, a área potencial tratada medida pela Kynetec com base no número médio de aplicações de produtos chegou a 35,2 milhões de hectares, ante 29,3 milhões de hectares na safra anterior, um avanço de 20%.
Cristiano Limberger, especialista em pesquisas da Kynetec disse que o aumento reflete um cenário de pressão de pragas e ervas daninhas. “Houve registro acentuado de pragas e doenças-chave do café, tais como broca-do-café, ferrugem, cercospora e as plantas invasoras trapoeraba, buva, capim-pé-de-galinha e corda-de-viola”, citou.
Os fungicidas foliares somaram US$ 143 milhões, ante US$ 145 milhões na safra anterior. Os produtos aplicados no solo totalizaram US$ 107 milhões, ante US$ 101 milhões no ciclo anterior.
Os gastos com inseticidas foliares somaram US$ 107 milhões, ante US$ 125 milhões na safra anterior. Já as despesas com herbicidas ficaram estáveis em US$ 94 milhões.
Os glifosatos, que historicamente lideram a comercialização, tiveram queda em participação e valor, de 45% para 37% e de US$ 42 milhões para US$ 35 milhões. Completam o subsegmento produtos pré-emergentes – subiram de 24% para 31% -, folhas largas (19%) e graminicidas (13%).
Já os nematicidas específicos, conforme o levantamento, cresceram em adoção. Sua participação no total das vendas passou de 8% para 15%. Em valor, o aumento foi de 40%, para US$ 26 milhões. Outros segmentos (adjuvantes, óleos, redutores de ph e reguladores de crescimento, por exemplo) representaram 3% do total, ou US$ 17 milhões.