Milho oscila e soja opera em queda no pregão Os contratos futuros de trigo operam em alta na abertura da bolsa de Chicago desta quinta-feira (17/4), com os papeis para julho subindo 0,98%, a US$ 5,6650 por bushel.
A alta é impulsionada pela competitividade do cereal americano, devido à competitividade do dólar em relação ao euro, aponta a consultoria Granar. Além disso, o Departamento de Agricultura dos EUA reduziu o volume de trigo de inverno no Kansas classificados como bons/excelentes de 51 para 43%.
As exportações de trigo americano da safra 2024/25 cresceram 43% na semana finalizada em 10 de abril, em relação à semana anterior, segundo dados do USDA. O volume total no período foi de 483,5 mil toneladas, com o México e o Japão como principais destinos. As vendas líquidas, por outro lado, caíram 29% na semana.
Por outro lado, a consultoria russa SovEcon revisou para cima sua projeção de produção de trigo na Rússia, elevando a estimativa para 79,7 milhões de toneladas na safra atual. O novo número representa um aumento de 1,1 milhão de toneladas em relação à previsão anterior.
Milho
O milho oscila no pregão, avançando 0,1% nos papeis para julho, a US$ 4,9225 por bushel. Entre os fundamentos estão as tensões comerciais decorrentes das tarifas americanas e a expectativa por chuvas nas regiões americanas que estão semeando o grão.
As exportações de milho alcançaram um recorde no ano comercial na semana finalizada em 10 de abril, com 1,88 milhão de toneladas exportadas. México, Japão, Colômbia, Taiwan e Coreia do Sul foram os principais destinos, e o Canadá, um dos principais compradores do milho americano tradicionalmente, ficou de fora dos principais destinos, potencialmente em razão dos conflitos tarifários. Já as vendas líquidas tiveram um crescimento de 99% em relação à semana anterior.
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Soja
A soja, por outro lado, cai em Chicago, com os papeis para julho recuando 0,48%, a US$ 10,4525 por bushel, em razão das tensões em razão da guerra comercial entre Washington e Pequim.
Segundo a consultoria Granar, o mercado estará especialmente atento hoje aos passos do Escritório do Representante Comercial dos EUA, já que se espera um anúncio sobre seu plano de impor tarifas portuárias milionárias a navios ligados à China, o que prejudicaria a competitividade das exportações norte-americanas e todos os elos da cadeia comercial.
As exportações americanas de soja tiveram queda de 6% de uma semana à outra, totalizando 721,9 mil toneladas, ainda com a China como principal destino. As vendas líquidas, por outro lado, cresceram 74% em relação à média das últimas quatro semanas.