Em meio a um quadro favorável para as lavouras americanas, o trigo segue com destaque de baixa nas negociações na bolsa de Chicago. Nesta sexta-feira (1/8), os papéis com entrega para setembro fecharam em queda de 1,24%, cotados a US$ 5,1675 o bushel.
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O trigo passa por um momento de pressão forte de oferta. Os EUA estão terminando a colheita do cereal de inverno, e já iniciaram os trabalhos nas lavouras de primavera, em uma condição favorável para as lavouras. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) reduziu de 43% para 38% o índice de cultivos de trigo no país que enfrentam algum grau de seca.
Em outro grande produtor de trigo, a Argentina, o plantio da safra 2025/26 está praticamente concluído, e, apesar das chuvas registradas recentemente em algumas áreas do país, 97% das lavouras estão em condições consideradas boas ou excelentes, segundo informações da Bolsa de Cereais de Buenos Aires.
Por fim, a T&F Consultoria Agroeconômica lembrou que a desvalorização do dólar em relação ao euro prejudica das exportações americanas justamente no período em que o mundo também espera pela chegada do trigo colhido no Hemisfério Norte.
Soja
A soja até tentou dar fim a sequência de nove quedas seguidas na bolsa, mas após abrir a sessão em alta, o preço ficou estável, em US$ 9,6950 o bushel para os contratos de setembro.
A pressão de baixa deve persistir no mercado internacional, com a manutenção das condições climáticas favoráveis para a safra dos Estados Unidos. Levantamento da Hedgepoint Global Markets mostra que pelos próximos dez dias, a umidade deve continuar atingindo a maior parte do cinturão produtor de grãos.
“É importante lembrar que o mês de agosto é um mês decisivo para o desenvolvimento da safra de soja nos Estados Unidos, e uma umidade regular é necessária para uma boa evolução da etapa de enchimento de grãos. A atenção deve ser redobrada nas próximas semanas, e é possível vermos um aumento da volatilidade em Chicago”, destacou, em nota, Luiz Roque, coordenador de inteligência de mercado da Hedgepoint.
Milho
Após a leve alta na véspera, o milho voltou a se desvalorizar em Chicago. Os lotes para dezembro tiveram queda de 0,73%, a US$ 4,1075 o bushel.
A pressão aos preços ainda se dá pelas condições ideais para o desenvolvimento para a safra americana.
As previsões para os próximos dias apontam a presença de chuvas na principal região produtora de grãos dos EUA, o Meio-Oeste.





