
Soja e milho sobem na sessão desta sexta-feira Na abertura do pregão desta sexta-feira (9/5) na Bolsa de Chicago, os contratos futuros de trigo caem, enquanto soja e milho operam em alta.
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Os papéis de trigo ampliam as quedas do último pregão com a proximidade do início da colheita de inverno nos Estados Unidos, caindo 1,18%, a US$ 5,2300 por bushel. A recuperação dos preços do trigo, que esteve em alta nos dias anteriores, parece limitada, especialmente devido à incerteza sobre a demanda e as perspectivas comerciais. A política comercial da Casa Branca e as boas expectativas de produção tanto na União Europeia quanto na região do Mar Negro são fatores que influenciam essa movimentação.
Entretanto, o déficit hídrico no norte das Grandes Planícies, uma região essencial para a produção de trigo de primavera nos EUA, tem ajudado a mitigar as quedas, uma vez que a falta de umidade pode prejudicar o andamento do plantio.
A soja com entrega para julho sobe 0,89%, cotada a US$ 10,5425 por bushel, com os investidores atentos ao primeiro encontro formal entre autoridades dos Estados Unidos e da China, previsto para o fim de semana na Suíça. Esse encontro tem como objetivo reduzir as tensões comerciais entre os dois países, com discussões sobre a possibilidade de revisar as tarifas impostas. Embora o otimismo seja moderado, há incertezas quanto à postura do presidente dos EUA, Donald Trump, que já demonstrou em outras ocasiões a capacidade de desfazer acordos e reiniciar negociações, avalia a consultoria Granar.
Entretanto, os ganhos da soja são limitados pela entrada da soja sul-americana no mercado e pelas condições climáticas favoráveis para o plantio da safra 2025/26 nos Estados Unidos, oferecendo pressões adicionais sobre os preços.
O milho também opera em alta nesta manhã, com valorização de 0,39%, a US$ 4,4925 por bushel com destaque para as compras de oportunidade dos investidores, após as quedas nos dias anteriores. O bom desempenho das exportações americanas, aliado à recente recuperação dos preços do petróleo, contribui para o movimento de valorização dos preços do grão.
No entanto, o avanço dos preços do milho é limitado por fatores que incluem as perspectivas de uma safrinha recorde no Brasil e o bom andamento do plantio da safra 2025/26 nos Estados Unidos, que pode resultar em uma colheita superior a 400 milhões de toneladas. Além disso, a incerteza relacionada às tarifas comerciais impostas pela Casa Branca continua a gerar volatilidade no mercado.