
O que era para ser o fim de uma festa no Cumbuco, em Caucaia, virou cena de pânico na madrugada do último domingo (23). Testemunhas relataram que, no momento em que a multidão se dispersava após o show, o motorista de uma caminhonete se irritou com o engarrafamento e avançou com o veículo sobre os participantes, atingindo quatro amigos que estavam juntos.
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Segundo Micaelle Horácio, esposa de uma das vítimas, a festa terminou por volta de 1h10 da manhã, pouco tempo após a chegada dos convidados: “A festa terminou em volta de 1h10 da manhã, era cedo, já que a gente já chegou lá quase 10h, então foi pouco tempo na festa. E na hora da saída, literalmente, assim, poucos metros da bliteria mesmo, não foi distante, não foi no asfalto, foi dentro do estacionamento privado da festa, um carro que não tinha espaço para ele sair, porque estava todo mundo saindo, ele simplesmente meteu a primeira e saiu atropelando todo mundo.”
Entre os feridos, um rapaz segue internado em um hospital particular, aguardando cirurgia no joelho, enquanto outro, empresário, foi levado para o JF, em Fortaleza, com lesão grave na perna e cortes profundos. Sobre o socorro às vítimas, Micaelle relatou:
“Ele teve uma fatura exposta na perna direita, muito profunda. Quem fez o primeiro socorro fui eu. A gente não teve assistência da festa. Demorou quase uma hora para a ambulância pegar a gente, trazer para o hospital. Então quem fez, eu peguei uma bolsa, uma alça de uma bolsa e amarrei a perna dele para ele não morrer de hemorragia.”
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Segundo a polícia, o motorista, identificado como Felipe Ávila Moreira Matos, de 31 anos, foi contido pelos próprios frequentadores da festa até a chegada do Batalhão de Policiamento Turístico. Ele foi levado à delegacia de Caucaia e autuado em flagrante, apresentando sinais de embriaguez. Na audiência de custódia, a prisão em flagrante foi mantida, com base nos relatos de testemunhas sobre o estado do suspeito na hora do atropelamento.
Enquanto a polícia analisa vídeos registrados durante o incidente, familiares e amigos das vítimas ainda tentam entender a motivação do motorista: o que teria levado Felipe a acelerar contra a multidão continua sendo investigado.
Em nota, Emmanuelle Horácio, advogada da família, afirmou: “A gente espera que a justiça seja feita com todo o rigor.”
As vítimas permanecem sob acompanhamento médico, e a investigação policial segue em andamento, incluindo a análise de imagens e depoimentos para esclarecer todos os detalhes do atropelamento.
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