Tecnologia é capaz de detectar presença de invasoras e indicar o melhor manejo A presença de plantas invasoras são um problema para as lavouras de cana-de-açúcar. Isso acontece porque elas ‘competem’ com a cana por recursos como luz, água e nutrientes, o que resulta na diminuição no desenvolvimento da cultura principal.
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Só a mamona, por exemplo, pode reduzir a produtividade da cana em até 80% e se transformar em arbusto, o que também atrapalha o trabalho dos equipamentos de colheita.
A corda-de-viola, por sua vez, ao cobrir a planta, bloqueia a luz solar, o que diminui a capacidade da cana-de-açúcar de realizar a fotossíntese e produzir sacarose – o açúcar que é a base da produção de açúcar e álcool.
Já a mucuna-preta, ao crescer sobre a lavoura, também diminui a fotossíntese e dificulta a colheita, reduzindo o acúmulo de biomassa. Ela também serve como hospedeira para pragas e doenças que afetam o cultivo.
Nesse contexto, tecnologias baseadas em inteligência artificial são as principais saídas dos produtores para combater as invasoras. A Taranis do Brasil desenvolveu uma IA capaz de identificar possíveis ervas invasoras na lavoura e indicar a melhor maneira de combatê-las. A tecnologia mapeia, por meio do monitoramento aéreo baseado em captura de imagens de alta resolução e realiza uma amostragem de cada talhão, com resolução menor que 1 milímetro por pixel em cada amostra.
Essas fotos são analisadas por um sistema de inteligência artificial, que conta com um banco de mais de 500 milhões de imagens. Para eliminar possíveis erros, uma equipe de especialistas realiza a dupla verificação das fotos e alimenta o sistema com informações atualizadas.
Assim que as plantas daninhas são identificadas, é gerado um relatório de diagnóstico sobre a distribuição e a área de cobertura de infestação. Com essas informações, é gerada uma matriz que combina dados de distribuição e área de cobertura, para classificar a infestação em níveis.
“Com essas informações em mãos, o produtor pode elaborar sua estratégia para eliminação dessas pragas já sabendo exatamente onde elas precisam ser atacadas”, explica Fábio Franco, gerente-geral da Taranis Brasil. Segundo, Franco, o uso da IA resulta em economia de mão de obra e de recursos para o combate às plantas daninhas.