O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta segunda-feira (14) a oitiva do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, no âmbito das ações penais que investigam a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O depoimento de Mauro Cid ocorre como parte da fase de instrução processual das ações penais que envolvem diversos núcleos da trama golpista.
Mauro Cid será ouvido na condição de informante, em razão do acordo de colaboração premiada firmado com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
A oitiva de Cid será comum às três ações penais em andamento, envolvendo os chamados Núcleos 2, 3 e 4, e será realizada por videoconferência, com transmissão nas salas de sessões do STF a partir das 9h.
O depoimento é considerado estratégico por envolver detalhes sobre reuniões, articulações e documentos que teriam sido utilizados para planejar uma ruptura institucional e impedir a posse do presidente eleito.
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Contexto
As ações penais em curso no STF investigam a atuação de militares, políticos e ex-integrantes do governo Bolsonaro em uma suposta organização criminosa armada, acusada de tentar abolir violentamente o Estado Democrático de Direito e promover um golpe de Estado. Mauro Cid já havia prestado depoimento anterior ao STF, detalhando encontros, a elaboração de minutas golpistas e o envolvimento de outros réus, incluindo o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro e militares de alta patente.
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Os depoimentos das testemunhas de acusação e defesa nas ações penais estão previstos para ocorrer entre os dias 14 e 23 de julho, envolvendo réus de diferentes núcleos da investigação.
Após a fase de oitivas, o ministro Alexandre de Moraes, relator das ações, abrirá prazo para as alegações finais da PGR e das defesas dos réus. Esta é a última etapa antes do julgamento, que poderá resultar em condenações ou absolvições dos acusados. A expectativa é de que o julgamento do chamado “núcleo crucial” da trama golpista ocorra até setembro deste ano.
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