Milho também opera em alta, enquanto contratos de trigo caem Nesta quarta-feira (7/5), os contratos futuros de soja e milho operam em alta na abertura do pregão da Bolsa de Chicago. A soja lidera os ganhos no início da sessão, com os papéis para julho registrando valorização de 0,58% e sendo cotados a US$ 10,4725 por bushel.
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A movimentação reflete a expectativa em torno de uma possível retomada de diálogo entre Estados Unidos e China, após o anúncio feito pelo secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent. Em entrevista ao canal Fox News na noite de terça-feira (6/5), Bessent afirmou que se reunirá com uma delegação chinesa na Suíça, durante o fim de semana, em uma tentativa de reduzir as tensões comerciais entre os dois países.
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A China, por sua vez, respondeu por meio do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, que reiterou a postura do país nas negociações. “Se os Estados Unidos desejam resolver o problema por meio do diálogo, devem parar de ameaçar a China e iniciar conversas com base na igualdade, respeito e benefício mútuo”, declarou Lin.
Os contratos futuros de milho também registram leve alta de 0,05%, cotados a US$ 4,5575 por bushel. De acordo com análise da consultoria Granar, o movimento acompanha a valorização da soja e é impulsionado pelo cenário de possível reaproximação diplomática entre Washington e Pequim. Além disso, o mercado vinha acumulando perdas nas sessões anteriores, o que cria um ambiente propício para compras por parte dos investidores.
Apesar da recuperação nos preços, fatores de mercado seguem pressionando os fundamentos. A safrinha no Brasil apresenta bom desenvolvimento devido às chuvas recentes, enquanto os rendimentos na Argentina sustentam estimativas de colheita entre 48 e 50 milhões de toneladas. Nos Estados Unidos, o avanço do plantio da safra 2025/26 também contribui para o cenário, com previsão de tempo seco favorecendo o ritmo dos trabalhos nos próximos dias.
O trigo, por sua vez, cai 0,23%, negociado a US$ 5,3475 por bushel. Do lado altista, as condições climáticas nas Grandes Planícies e nos Estados sul dos Estados Unidos, o excesso de umidade pode provocar danos ao cereal, que está a menos de um mês do início da colheita. Por outro lado, a ausência de chuva na Dakota do Norte, principal produtor de trigo, contribui para o plantio.