
Cotações do óleo vêm sendo pressionadas por indefinições na política de biocombustíveis nos EUA A queda nos preços do óleo de soja motivou a baixa nas cotações do grão na bolsa de Chicago nesta sexta-feira (30,/5). Os lotes para julho fecharam em queda de 0,95%, cotados a US$ 10,4175 o bushel.
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A oleaginosa foi diretamente influenciada pelo recuo de mais de 3% nos contratos futuros do óleo de soja na bolsa.
“O mercado de óleo de soja tem operado com bastante volatilidade, mas com tendência predominantemente de queda na segunda quinzena de maio devido à demora do governo americano em definir pontos importantes da política de biocombustíveis dos EUA”, afirma Daniele Siqueira, analista da AgRural.
Ainda de acordo com ela, o bom ritmo de plantio de soja nos EUA pesa negativamente nas cotações em alguns momentos. Ainda assim, Daniela ressalta que a reta final da semeadura não está totalmente tranquila para os produtores americanos, pois alguns pontos do país têm recebido chuva em excesso e registrado temperaturas baixas.
“Nada que quebre a safra ainda, claro, mas é algo que tira o brilho de um plantio e início de safra que vinham muito bem”, pontua.
Milho
A pressão de oferta no mercado do milho persiste, e pressiona as cotações em Chicago. Os contratos do cereal para julho caíram 0,67%, cotados a US$ 4,44 o bushel.
Com o ritmo acelerado no plantio da safra americana, existem poucas chances de uma reação nos preços na bolsa. Além disso, segundo Daniele Siqueira, da AgRural, os mapas indicam previsão de chuva acima do normal em diversos pontos do cinturão produtor de grãos dos EUA nas próximas duas semanas.
“Se essas previsões se confirmarem, uma parte da área que seria plantada com milho poderá migrar para a soja ou não ser plantada. Mas não é algo generalizado. Então, eu diria que não há grandes problemas climáticos de curto prazo no radar”.