Os contratos de soja, milho e trigo operam em baixa na abertura da bolsa de Chicago desta sexta-feira (3/10).
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Após fechar em alta por ajustes técnicos na última sessão, o milho para dezembro registra a maior queda, de 0,47%, cotado a US$ 4,1975 por bushel. A colheita em ritmo acelerado nos EUA, impulsionada pelo tempo seco no Meio-Oeste, pressiona as cotações. Em contrapartida, o mercado encontra algum suporte no bom desempenho das exportações. No entanto, a paralisação do governo norte-americano tem dificultado o acesso a dados oficiais, como os relatórios diários e semanais divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
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Os papéis de soja com entrega para novembro caem 0,34%, negociados a US$ 10,2025 por bushel. O movimento ocorre após duas sessões consecutivas de alta. Entre os principais fatores que influenciam o mercado estão o avanço da colheita nos Estados Unidos, favorecido pelo clima seco nas principais regiões produtoras, e a ausência de compras por parte da China.
Operadores também acompanham as expectativas sobre um possível pacote de apoio ao setor agrícola, que, segundo o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, deverá ser anunciado na próxima terça-feira (7/10) pelo governo norte-americano.
Outro ponto monitorado pelo mercado é a possibilidade de uma reunião entre os presidentes dos Estados Unidos e da China. Em publicação feita em rede social na quarta-feira (1/10), o presidente Donald Trump afirmou que pretende se encontrar com Xi Jinping para discutir, entre outros temas, a retomada das compras chinesas de soja norte-americana, suspensas na temporada 2025/26 devido à continuidade da disputa comercial entre os dois países.
Já o trigo, que subiu nos últimos pregões, cai 0,24%, a US$ 5,1350 por bushel nos contratos para dezembro. O mercado segue pressionado pela ampla oferta global do grão, que deve ser reforçada pelas próximas colheitas no hemisfério sul. Também influenciam o cenário o ritmo lento das exportações da União Europeia e dos países da região do Mar Negro.