
Condições climáticas para as lavouras nos Estados Unidos pressionam as cotações Os contratos futuros de grãos iniciam o pregão em queda na bolsa de Chicago devido, principalmente, às condições climáticas nos Estados Unidos.
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Após encerrarem o pregão anterior em queda de 2,4%, os papeis de trigo com vencimento em setembro registram nova desvalorização de 2,55% nesta terça, cotados a US$ 5,5500 por bushel.
O movimento de baixa é influenciado pelas condições climáticas favoráveis nas regiões produtoras dos Estados Unidos. O tempo mais seco no sul das Grandes Planícies tem favorecido o avanço da colheita de trigo de inverno, enquanto a maior incidência de chuvas no norte da região beneficia o desenvolvimento das lavouras de primavera.
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De acordo com a consultoria Granar, o início da colheita em outros grandes países produtores do hemisfério norte limita as perdas nos preços.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) informou que a colheita de trigo de inverno no país atingiu 19% da área estimada. No mesmo período de 2024, o índice era de 38%, e a média dos últimos cinco anos é de 28%.
Em relação à qualidade das lavouras, o USDA indicou que 49% da safra de trigo de inverno está em condição boa ou excelente, queda em relação aos 52% da semana passada. O percentual também está abaixo dos 52% registrados no mesmo período do ano anterior e da estimativa privada, que apontava estabilidade.
Para o trigo de primavera, 54% das lavouras foram classificadas em condição boa ou excelente, queda em relação aos 57% na semana anterior. No mesmo período de 2024, o índice era de 71%, e a expectativa do mercado era de manutenção em 57%.
No Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que o plantio de trigo alcançou 56,6% da área prevista até a data mais recente. O ritmo é inferior ao registrado no mesmo período de 2024, de 67,8%, e à média dos últimos cinco anos, de 62,2%.
Soja
A soja para julho cai 0,47%, cotada a US$ 10,5700 por bushel, pressionada pela realização de lucros no mercado de óleo. “A falta de interesse da China pela soja da nova safra dos Estados Unidos e as boas condições climáticas para o desenvolvimento das lavouras contribuem para a queda dos preços”, avalia a Granar.
O plantio americano de soja avançou para 96% da área prevista, segundo dados do USDA, que também manteve a proporção da lavoura em bom/excelente estado em 67%.
Milho
O milho tem a menor desvalorização na abertura do mercado, de 0,12%, com os papeis para setembro a US$ 4,1700 por bushel.
Segundo a consultoria Granar, os principais fatores que influenciam o mercado do grão são as condições climáticas favoráveis no cinturão agrícola dos Estados Unidos, a ausência de novos acordos comerciais entre o governo norte-americano e países importadores, além da queda nos preços do petróleo.
Na segunda-feira (23/6), o USDA reduziu de 72% para 70% a proporção das lavouras de milho avaliadas como em bom ou excelente estado. Apesar da queda, o índice permanece acima dos 69% registrados no mesmo período do ano passado, mas abaixo da expectativa de 72% apontada por analistas.
No Brasil, a Conab informou que a colheita do milho safrinha alcançou 10,3% da área plantada. O índice supera o registrado na semana anterior (3,9%), mas segue abaixo dos 28% observados no mesmo período de 2024 e da média de 17,5% dos últimos cinco anos.






