Os contratos futuros de soja, milho e trigo iniciam a quinta-feira (6/11) em baixa na bolsa de Chicago. Após encerrarem em alta de 1,14% no último pregão, os papeis de soja com entrega para janeiro caem 1,08%, a US$ 11,2200 por bushel.
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Segundo a consultoria Granar, a queda é influenciada pela forte desvalorização do farelo de soja, após o acordo alcançado ontem à noite entre o sindicato dos trabalhadores do setor de óleos e a indústria processadora na Argentina.
O entendimento afasta o risco de uma greve que poderia paralisar a moagem, hipótese que havia impulsionado, na véspera, a tendência de alta nos preços do subproduto nos Estados Unidos. A Argentina é o principal exportador mundial de farelo.

Por outro lado, a estatal chinesa Cofco assina um acordo de compra de soja durante o Fórum de Cooperação Comercial Agrícola entre Estados Unidos e China, realizado em Xangai, conforme informou a Reuters.

Após a assinatura, considerada por analistas como um gesto protocolar, após o entendimento alcançado na semana passada entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, não foram divulgados detalhes sobre volumes ou datas de embarque.

O milho é negociado em baixa de 0,63%, a US$ 4,3250 por bushel nos papéis para dezembro, com investidores realizando lucros após os ganhos acumulados ao longo da semana. As boas condições climáticas, com tempo seco no Meio-Oeste americano, favorecem o avanço da colheita recorde norte-americana e incentivam produtores a vender parte do grão recém-colhido para aproveitar o movimento de alta observado nas últimas semanas.

O trigo também opera em queda, de 1,49% nos contratos com entrega para dezembro, negociados a US$ 5,4650 por bushel. Ainda segundo a Reuters, a China comprou cerca de 120 mil toneladas do grão norte-americano, divididas entre um carregamento de trigo branco mole e outro de trigo de primavera, com embarque previsto para o próximo mês. O volume fica abaixo das 240 mil a 400 mil toneladas que vinham sendo especuladas até ontem, destaca a Granar.

Fontes de mercado apontam que a operação pode estar relacionada a uma ação política da China, uma vez que os preços do trigo norte-americano não estão entre os mais competitivos do mercado internacional.