A soja começou a semana em baixa na Bolsa de Chicago, com investidores realizando lucros após duas semanas consecutivas de alta. Os contratos com vencimento em novembro recuam 0,54%, cotados a US$ 10,5275 por bushel.
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Apesar da queda, o movimento é limitado pelas previsões de tempo seco ao longo de toda a semana no cinturão produtor de soja e milho dos Estados Unidos, justamente no período crítico de definição do potencial produtivo das lavouras, destaca a consultoria Granar.
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Também influencia o mercado a estimativa divulgada pela ProFarmer na última sexta-feira (22/8), que projetou a safra norte-americana de soja em 115,56 milhões de toneladas, com rendimento médio de 35,64 sacas por hectare. Os números ficaram abaixo das previsões do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês), que indicavam 116,82 milhões de toneladas e 36,05 sacas por hectare.
Os preços do milho para dezembro operam em alta de 0,79%, negociados a US$ 4,1475 por bushel. O movimento é impulsionado pela mesma projeção da ProFarmer, que estimou a safra norte-americana em 411,60 milhões de toneladas, com rendimento médio de 114,67 sacas por hectare, também abaixo dos dados mais recentes do USDA, que previa 425,26 milhões de toneladas e rendimento de 118,50 sacas.
A alta também é sustentada pelo ritmo firme das exportações e pela expectativa de chuvas pouco significativas no Meio-Oeste dos EUA, o que pode manter o estresse hídrico sobre as lavouras.
O trigo registra valorização de 0,81% nos contratos para dezembro, cotado a US$ 5,3150 por bushel. De acordo com a Granar, há movimento pontual de compras por parte dos investidores, após cinco semanas seguidas de queda. No entanto, o avanço segue limitado pela entrada da nova safra do hemisfério Norte no mercado e pela valorização do dólar frente ao euro, o que reduz a competitividade das exportações dos Estados Unidos.