
Os preços dos grãos registram poucas oscilações na abertura da bolsa de Chicago nesta quinta-feira (9/10), em meio a incertezas sobre o apoio financeiro a agricultores nos Estados Unidos e à ausência de dados atualizados da safra.
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A divulgação dos relatórios semanais e mensais do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), previstas para hoje, foram canceladas devido à paralisação do governo norte-americano, o que reduz o volume de informações disponíveis ao mercado.
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Após duas sessões de alta, a soja para novembro recua 0,49%, negociada a US$ 10,2450 por bushel. O mercado é pressionado pela falta de anúncios sobre os auxílios prometidos pela Casa Branca aos produtores afetados pela guerra comercial, pelo avanço da colheita no país e pela ausência de novas compras chinesas da safra atual.
O milho também opera em baixa, com queda de 0,18% nos contratos para dezembro, cotado a US$ 4,2125 por bushel. O clima seco no Meio-Oeste americano favorece o progresso da colheita e contribui para o recuo dos preços. A falta de dados sobre exportações limita a influência de fatores positivos no mercado.
O trigo, por sua vez, registra alta de 0,59% nos contratos para dezembro, negociado a US$ 5,1025 por bushel. A valorização é impulsionada por movimentos de cobertura de posições por investidores, diante dos preços ainda considerados baixos, segundo a consultoria Granar. No entanto, a oferta global permanece elevada, com perspectivas de reforço a partir da colheita no hemisfério Sul.
Na Argentina, a Bolsa de Comércio de Rosário estima a safra de trigo 2025/26 em 23 milhões de toneladas, igualando o recorde da temporada 2020/21 e representando um aumento de 14,4% em relação à colheita de 2024/25. O USDA projeta uma produção de 19,5 milhões de toneladas para o mesmo período.