A soja começou a semana em baixa na bolsa de Chicago. O milho também caiu na sessão desta segunda-feira (15/9), enquanto o trigo subiu.
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O contrato da oleaginosa para novembro de 2025 caiu 0,33% e fechou em US$ 10,42 o bushel na sessão desta segunda-feira (15/9). Para janeiro de 2026, a cotação também caiu 0,33%, ajustando para US$ 10,61 o bushel.
A consultoria Granar, da Argentina, informou que a baixa veio após um ganho acumulado de 2% na última semana. Parte dos investidores realizou lucros, pressionando os preços na sessão.
O movimento dos operadores do mercado foi direcionado também pelo avanço da colheita da oleaginosa nos Estados Unidos. Projeções do setor privado apontam para um aumento de 5% na área apta a ser colhida no país, informa a Granar.
O impasse comercial entre China e Estados Unidos também é ponto de atenção no mercado internacional de soja, com a ausência de compras chinesas do grão americano.
No Brasil, a consultoria AgRural informou nesta segunda-feira, que o plantio de soja começou e chegou a 0,12% da área prevista para a safra 2025/26. O Paraná puxa o ritmo nesta fase inicial, mas há semeadura também em Mato Grosso do Sul e São Paulo. Em Mato Grosso, principal produtor nacional, o tempo seco limita o trabalho de campo.
Milho
O contrato de milho para dezembro de 2025 fechou em US$ 4,23 por bushel, uma retração de 1,57%. O vencimento março de 2026 caiu 1,4% e ajustou para US$ 4,41, o bushel.
A Granar avalia que o mercado ainda operou analisando os números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgados na semana passada. O avanço da colheita da safra nova americana também pressiona os preços.
No Brasil, a AgRural informou que o plantio de milho de verão chegou a 17% da área prevista no Centro-sul. O trabalho de campo segue concentrado no Sul do país, à medida que as condições de umidade do solo favorecem a entrada das máquinas nas lavouras.
Trigo
Ocontrato de trigo para dezembro de 2025 teve uma valorização de 0,29% e fechou em US$ 5,25 por bushel. O vencimento março de 2026 ajustou para US$ 5,42 o bushel, com elevação de 0,32%.
Um dos principais fatores de suporte aos preços veio do mercado cambial. A desvalorização do dólar em relação ao euro melhora a competitividade às exportações americanas.
Mas os operadores do mercado ainda estão de olho na situação do Hemisfério Norte, com demanda calma e expectativa de oferta abundantes. Um cenário que deve começar a ser reforçado pelas colheitas do Hemisfério Sul, especialmente Argentina e Austrália, com boas expectativas de produção.