A soja registrou a terceira queda consecutiva na bolsa de Chicago e nem mesmo a confirmação de novas compras chinesas de soja americana foram capazes de conter o movimento de baixa. Nesta quinta-feira (20/11), os contratos da oleaginosa para janeiro cederam 1,21%, a US$ 11,2250 o bushel.
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O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) confirmou hoje uma nova venda de soja americana com destino ao mercado chinês. Foram 462 mil toneladas reportadas pelo órgão. Agora, as vendas de soja dos EUA ao país asiático ultrapassam 1,8 milhão de toneladas.
De acordo com Ale Delara, sócio da Pine Agronegócios, desde a última segunda (17), o mercado já trabalhava com a possibilidade de novos anúncios de compra de soja dos EUA por parte dos chineses, e por isso o impacto para os preços foi limitado. Ele ainda estima que os negócios podem alcançar as 2 milhões de toneladas ainda nesta semana.
A dúvida que fica entre os investidores é se a China vai continuar com a demanda firme pela soja que vem dos Estados Unidos, especialmente se ela conseguirá adquirir as 12 milhões de toneladas anunciadas pelo presidente dos EUA Donald Trump no fim de outubro.
Milho
O milho fechou com preços em queda na bolsa de Chicago mesmo dados de demanda robustos. Os papéis do cereal para dezembro recuaram 0,76%, a US$ 4,2650 o bushel.
As cotações cederam mesmo com números fortes de demanda pelo milho americano. Segundo USDA, as vendas líquidas de milho do país chegaram a 2,25 milhões de toneladas na semana encerrada em 2 de outubro. O volume ficou próximo do limite máximo previsto por analistas, de 2,50 milhões de toneladas
Na avaliação da consultoria Granar, o milho deve registrar novas quedas diante da expectativa de uma safra recorde de milho nos Estados Unidos no ciclo 2025/26. Nas projeções do USDA, a colheita no país deverá alcançar 427,11 milhões de toneladas.
Trigo
O momento de oferta favorável de trigo mantém os preços em queda na bolsa de Chicago. Os papéis com entrega para março de 2026 recuaram 1,59%, a US$ 5,75 o bushel.
A consultoria SovEcon revisou para cima sua previsão de safra de trigo no maior exportador mundial, a Rússia. A colheita da safra 2025/26 deverá chegar a 88,60 milhões de toneladas, volume acima das 87,80 milhões de toneladas estimadas no mês passado.