
Milho e trigo operam em queda nesta sexta-feira Após o feriado do Memorial Day nos Estados Unidos, a abertura do pregão da bolsa de Chicago registra altas para os papéis de primeira posição de soja e o derivado óleo, enquanto os de milho e trigo recuam nesta terça-feira (27/5).
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Os contratos com prazo para julho da soja estão cotados a US$ 10,61 o bushel, uma alta leve, de 0,12%, em meio a fatores externos mistos. Do lado do suporte estão as chuvas que atrapalham a qualidade do produto a ser colhido na Argentina, além dos preços do óleo que sobem e puxam os valores do grão. Já pela ótica da pressão, o avanço dos trabalhos de campo nos Estados Unidos limitam a valorização, segundo a análise de mercado da consultoria Granar.
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No Brasil, há revisão de melhoria na safra 2024/25, que deve ter um leve superávit na oferta de soja, segundo o monitoramento da Datagro. A projeção é de que a colheita alcance 172 milhões de toneladas, volume 11% maior que a temporada anterior (2023/24).
Para o milho, a Datagro estima um aumento de quase 9% na produção brasileira, para 132,7 milhões de toneladas. Essa expectativa é um dos fatores que pressionam os valores dos papéis de milho com entrega em julho, cotados a US$ 4,5925 por bushel. A queda é leve, por enquanto, de 0,05%.
Acompanhando o cereal, o trigo com prazo para julho também cai e opera a US$ 5,300 o bushel. A forte desvalorização é de 2,30% já nos primeiros minutos da abertura da sessão em Chicago.
“O trigo está sendo negociado em baixa nos mercados dos EUA, após a alta da semana passada. Entre os motivos para a fraqueza está o início da colheita de inverno nos Estados Unidos, que começará a trazer novos grãos ao mercado em algumas semanas”, explica a Granar. Somado ao cenário está a valorização parcial do dólar em relação ao euro contribui para a tendência de queda.
Em seu relatório semanal de ontem, a Conab informou o avanço do plantio de trigo brasileiro em 30,6% da área planejada, ante 25,2% no relatório anterior; para 29,6% em 2024 no mesmo período e para a média de 30,1% nos últimos cinco anos.