A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) confirmou neste domingo (5) a notificação oficial de um caso suspeito de intoxicação por metanol em Fortaleza. A vítima está internada no Hospital Regional da Unimed, na capital cearense. O caso está sob investigação, assim como outro paciente que se encontra hospitalizado no Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), em Quixeramobim. Ambos os casos acendem o alerta para possíveis ocorrências envolvendo o consumo de bebidas alcoólicas contaminadas.
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De acordo com a Sesa, a notificação oficial do caso de Fortaleza foi recebida às 12 horas deste domingo. A secretaria destacou que está em constante monitoramento da situação e atua em articulação com os órgãos de vigilância em saúde municipais e federais. O objetivo é garantir a resposta rápida e eficaz diante de novos casos suspeitos ou confirmados.
Como medida de prevenção e orientação, a Sesa informou que encaminhou aos municípios uma nota técnica do Ministério da Saúde (MS). O documento reforça a importância da detecção precoce e do tratamento imediato em casos de intoxicação por metanol. Os Centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde foram instruídos a notificar de forma imediata todas as ocorrências suspeitas.
Segundo o protocolo da Sesa, um caso é considerado suspeito de intoxicação por metanol quando o paciente apresenta sintomas como embriaguez persistente, desconforto gástrico e alterações visuais entre 12 e 24 horas após o consumo de bebida alcoólica. Esses sinais clínicos exigem atenção médica urgente, uma vez que a substância é altamente tóxica e pode causar complicações graves, incluindo cegueira e morte.
A secretaria reafirmou, em nota, seu compromisso com a saúde da população cearense e garantiu que seguirá acompanhando de perto as investigações e eventuais desdobramentos dos casos. A Sesa também reforçou a importância de que a população evite o consumo de bebidas de procedência duvidosa e procure atendimento médico imediato ao notar sintomas incomuns após ingestão de álcool.
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Antídoto do metanol
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acionou autoridades reguladoras internacionais para viabilizar a importação ao Brasil do medicamento fomepizol, considerado o principal antídoto em casos de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas. A iniciativa tem caráter emergencial diante do aumento dos casos suspeitos da intoxicação e da ausência do antídoto no mercado nacional.
O fomepizol age bloqueando a transformação do metanol em metabólitos tóxicos, como formaldeído e ácido fórmico, que são responsáveis por danos graves ao sistema nervoso e ao fígado. Atualmente, o medicamento não possui registro sanitário no Brasil, o que torna necessária a busca por fornecedores em outros países.
Para acelerar o processo, a Anvisa publicou um Edital de Chamamento Internacional 17/2025, convidando fabricantes e distribuidores a informar disponibilidade imediata para fornecimento ao Ministério da Saúde. Entre as autoridades internacionais consultadas pela Anvisa estão agências reguladoras da União Europeia (EMA), Estados Unidos (FDA), Canadá (Health Canada), Argentina (ANMAT), Reino Unido (MHRA), México (COFEPRIS), Japão, China, Suíça e Austrália.
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