Francisco Wanderson Mendes, conhecido artisticamente como “MC Dym”, é um funkeiro carioca de 31 anos que foi preso na manhã de sexta-feira (23), logo após desembarcar no Aeroporto Internacional de Fortaleza. Ele estava na capital cearense para realizar shows, com apresentações marcadas para aquela noite em Fortaleza e no sábado (24) em Acaraú.
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Segundo a Polícia Civil do Ceará, MC Dym é suspeito de promover culturalmente a facção criminosa Comando Vermelho por meio de suas músicas. As investigações apontam que suas produções exaltavam atividades criminosas, enfatizavam criminosos específicos e romantizavam o crime organizado, buscando atrair novos integrantes para o grupo. O delegado geral da Polícia Civil do Ceará, Márcio Gutierrez, explicou que o papel de MC Dym e de outro funkeiro preso, MC Dick, era justamente promover a facção, utilizando conhecimento detalhado sobre a dinâmica local do crime para compor músicas que valorizassem o grupo e seus membros.
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MC Dym possui mais de 40 mil seguidores em suas redes sociais, onde compartilha imagens de shows, momentos pessoais, trechos de suas músicas e até fotos com armas. Em uma plataforma de música, ele conta com cerca de 4.500 ouvintes mensais. Em suas postagens, é comum aparecer fazendo o gesto do número dois com as mãos, símbolo associado ao Comando Vermelho.
Além de sua carreira musical, Wanderson é casado, pai e costuma mostrar seu cotidiano aos seguidores. As autoridades afirmam que a atuação dos MCs investigados era estratégica para a facção, pois ajudava a criar uma imagem glamurizada do crime, incentivando a adesão de jovens ao grupo.
Outro funkeiro, conhecido como MC Dick, também foi preso nesta sexta-feira. “As investigações da Polícia Civil apontaram que esses dois MCs participavam de um eixo muito importante dessa facção criminosa de origem carioca; exatamente o eixo de promoção”, disse Márcio Gutierrez, delegado geral da Polícia Civil do Ceará.
“O papel deles dentro dessa organização criminosa era exatamente promover essa facção criminosa, romantizar o crime organizado e, com isso, buscar que novos jovens, novas pessoas integrassem aquele grupo”, explicou o delegado geral.
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