
Governo planejava modernizar a gestão do seguro. Agora, anúncio do crédito rural para 2025/26 pode não incluir subvenção das apólices O congelamento de R$ 455,1 milhões no orçamento do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) pode atrapalhar os planos do Ministério da Agricultura de mudar a política de gestão de risco. E o anúncio do Plano Safra pode deixar de fora a informação sobre o que o governo colocará à disposição no ciclo 2025/26.
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Nos últimos meses, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, tem falado sobre a intenção de integrar o PSR com o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), espécie de seguro público que cobre operações de custeio de produtores que tiverem perdas.
“Ainda não desistimos da proposta nem do orçamento deste ano”, disse uma fonte da Pasta. A incerteza orçamentária, porém, “dificulta muito”, ponderou.
O objetivo era migrar parte do público e do orçamento do Proagro, de R$ 5,7 bilhões em 2025, para o PSR. Com isso, Fávaro queria ampliar a base de produtores atendidos pela subvenção federal ao seguro privado, e obrigar a contratação para quem acessa financiamentos com juros equalizados.
O ministro também queria popularizar o seguro paramétrico, ajustado à necessidade do agricultor ou pecuarista. A avaliação era que esse modelo poderia ser adotado em regiões que até hoje não têm a cultura de proteger a produção contra riscos climáticos e, assim, pulverizar os riscos das seguradoras.
Em meio à contenção de despesas, Fávaro também pediu R$ 135 milhões extras para aplicar em medidas de defesa agropecuária, como a contenção da gripe aviária e o enfrentamento a doenças vegetais no Norte do Brasil, como a vassoura-de-bruxa da mandioca, a mosca-das-frutas e a monilíase do cacaueiro. Ainda não houve decisão do Ministério do Planejamento e Orçamento e da Casa Civil.