A Record está ampliando os testes da nova geração da televisão digital no Brasil ao experimentar seu sinal em 4K/DTV+ não apenas pelo sinal terrestre, mas também via satélite, em parceria com a SpeedCast. Essa iniciativa inclui a oferta de até 6 canais na tecnologia DTV+ pelo satélite Star One D2, com exposição prevista na feira SET Expo, um evento de referência no setor de tecnologia de televisão.
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Enquanto a Globo inaugurou a primeira estação-piloto privada da TV 3.0 (também chamada de Digital Television Plus ou DTV+) no Pico do Sumaré, no Rio de Janeiro, para transmissões experimentais em 4K HDR, a Record avança com seus próprios testes que mostram a expansão da tecnologia para múltiplas plataformas. Essa nova etapa demonstra o esforço em integrar a TV aberta à economia digital, oferecendo qualidade de imagem superior, áudio imersivo e interatividade, mantendo a gratuidade característica do modelo aberto.
Os testes de DTV+ em sinal terrestre já ocorrem experimentalmente em algumas cidades, com cronograma definido:
- 29 de abril de 2025: Rio de Janeiro
- 18 de agosto de 2025: São Paulo
- 2 de dezembro de 2025: Brasília
Especificamente em São Paulo, desde o dia 8 de agosto, o transmissor duplo da Rohde & Schwarz foi ativado para que emissoras e fabricantes realizem testes práticos da nova tecnologia, com os testes mais amplos previstos para 18 de agosto de 2025.
Record inaugura transmissão experimental da DTV+
A tecnologia DTV+ promete várias inovações para o público e o mercado, tais como:
- Qualidade de imagem em resolução 4K e HDR, com visão futura de até 8K.
- Som envolvente e personalizado, simulando experiências cinematográficas.
- Interatividade, com possibilidade de responder a enquetes, fazer compras via controle remoto e receber publicidade segmentada geograficamente.
- Personalização da experiência, com cada usuário obtendo conteúdo e anúncios sob medida, integrando funcionalidades digitais sem necessidade obrigatória de internet, embora a conexão amplie as opções disponíveis.
Esses avanços indicam o fim do modelo tradicional de “zapping” entre canais, com a TV configurando-se mais como uma plataforma de apps que entregam conteúdo customizado diretamente para o espectador, aproximando a TV aberta das dinâmicas digitais atuais.
Com a Record testando sua assinatura 4K/DTV+ também via satélite, em complemento ao sinal terrestre, há uma estratégia clara para a ampliação da cobertura e do alcance da nova TV 3.0 no Brasil, antecipando uma chegada mais robusta das emissoras à era digital avançada, prevista para se consolidar comercialmente a partir de 2026.
TV Cidade Fortaleza sai na frente
O cronograma prevê a implantação da TV 3.0, ao longo de 2026, nas principais capitais e cidades do Brasil, expandindo para todo o território nacional ao longo dos anos seguintes. A TV Cidade Fortaleza, por meio da Zedia, uma plataforma de mídia com entretenimento gratuito e suporte para anúncios interativos e programáticos, já experimenta a interatividade com o público. Esse recurso de avaliação permite que a emissora possa identificar como os usuários reagem ao conteúdo, podendo relacionar o impacto da qualidade na audiência e entendendo a demanda por novos conteúdos mais atrativos. Além de fazer com o que o telespectador participe ativamente do que está assistindo, a nova ferramenta apresenta formatos digitais e personalizados — TV linear, TV conectada, TV endereçável — entrega experiência para os anunciantes. Essa tecnologia de interatividade é uma das principais características da TV 3.0 que será implantada no Brasil.
A proposta da TV 3.0 é, portanto, oferecer ao público um controle muito maior sobre a forma de consumir conteúdo na televisão. “Então, o telespectador que está acostumado a controlar a jornada dele em diversos devices, a gente poder dar essa possibilidade dele controlar a jornada dele na TV aberta. Então, se ele quer consumir um outro tipo de conteúdo, se ele quer interagir e participar ativamente de um programa, ele pode usar o controle remoto para ser esse controlador da jornada dele”, explica João Vítor Castro, diretor de Operações da Zedia. Segundo ele, o novo sistema permitirá interações em tempo real, enquetes ao vivo e acesso a aplicativos diretamente na TV.
No Ceará, a TV Cidade Fortaleza é a primeira emissora no Ceará a implantar a tecnologia da interatividade, marcando um avanço histórico para a comunicação no estado. “O Grupo Cidade, através da TV Cidade, afiliada à Record no Estado, traz uma grande novidade para todos os telespectadores, que é uma interatividade na TV aberta. Hoje, nós conseguimos exatamente interagir com todas as TVs smarts conectadas à internet. E isso é um grande avanço, que vai levar conteúdo relevante, personalizado, mas, principalmente, levando informação de qualidade para todos esses telespectadores, através da TV aberta, dentro das TVs conectadas. Então isso, de fato, é um grande marco que o Grupo Cidade, através da TV Cidade, traz para o estado de Ceará”, reforça Edson Ferreira, diretor-geral do Grupo Cidade de Comunicação.
Com essa transformação, a TV aberta reafirma sua relevância e dá um passo importante rumo ao futuro da comunicação, mantendo-se próxima do público e oferecendo experiências cada vez mais completas e interativas. “Já estamos em fase de teste, já executamos há mais de dois meses e já verificamos todas as funcionalidades e é algo realmente fantástico. Enquetes já são feitas, dados coletados de todas as TVs, ou seja, hoje nós conseguimos de fato endereçar a comunicação para todos os nossos usuários da TV Cidade”, completa Edson Ferreira.
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O que é TV 3.0 (DTV+)
A primeira geração de televisão foi a analógica, limitada à transmissão em preto e branco — a chamada TV 1.0. Com o advento da TV digital e a adoção de imagens em cores, chegou-se à TV 2.0. Agora, o Brasil se prepara para receber a terceira geração: a TV 3.0, ou Digital Television Plus (DTV+), como foi oficialmente nomeada pelo Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre em 2024.
Assim como na virada do analógico para o digital, a migração para a TV 3.0 será gradual e contará com o apoio do governo e da indústria para garantir um amplo acesso em todas as regiões do país, inclusive cidades menores.
Uma das maiores novidades da TV 3.0 é o salto em qualidade audiovisual. Ela permitirá transmissões em resolução mínima de 4K — quatro vezes superior à Full HD — e até 8K em aparelhos compatíveis, além da tecnologia HDR (High Dynamic Range), que entrega imagens mais brilhantes, com cores mais vivas e contraste muito superior. Essa evolução é perceptível tanto em novelas, quanto em shows e transmissões esportivas, com detalhes visuais que se aproximam da sensação real de estar presente.
O som acompanhou essa evolução, com a adoção de áudio imersivo, também conhecido como som 3D ou Dolby Atmos, que coloca o telespectador “dentro da cena”, como se estivesse sentado no meio de um estádio ou presente em um show. O equilíbrio dos sons pode ser personalizado, por exemplo, permitindo ouvir somente a torcida durante um jogo de futebol ou priorizar diálogos em um filme.
Outro componente inovador é a interatividade proporcionada pelo vínculo com a internet. Com a TV 3.0, canais deixam de ser acessados de forma tradicional — por dígitos no controle remoto — e passam a funcionar como aplicativos, de modo semelhante ao que acontece nos serviços de streaming. Essa experiência traz funcionalidades típicas do universo digital para a TV aberta: votações em tempo real, compra de produtos assistidos, escolha de ângulos de câmera em transmissões esportivas ou reality shows e até interação direta através de voz ou comandos especiais.
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