A receita da indústria brasileira de máquinas e implementos agrícolas recuou 1,8% em setembro, na comparação com o mesmo mês de 2024, somando R$ 6,06 bilhões, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (29/10) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
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A receita no mercado interno ficou em R$ 5,27 bilhões, queda de 2,2% no comparativo anual. Apesar da retração no faturamento, o volume de vendas de máquinas aumentou. Foram comercializadas 6.979 unidades de tratores e colheitadeiras, alta de 27,3% frente a setembro de 2024 e de 23% em relação a agosto, impulsionadas pela recuperação da demanda doméstica.
As exportações avançaram no mês. O setor embarcou US$ 149,2 milhões em máquinas agrícolas, aumento de 10,6% sobre agosto e de 8,8% frente a setembro de 2024.
No acumulado de janeiro a setembro, o valor exportado chegou a US$ 1,17 bilhão, alta de 6,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O desempenho externo do setor, porém, continua pressionado pela queda nas compras dos Estados Unidos, principal destino das máquinas brasileiras. A associação não divulgou os números específicos do comércio com os EUA.
Em relação às importações, as despesas somaram US$ 95,8 milhões, alta de 11,3% sobre agosto, mas queda de 20,7% na comparação anual. Leonardo Gatto Silva, coordenador de economia e estatística da Abimaq, afirma que “o setor tem visto um aumento de compras de maquinário da China”.
O número de empregados na indústria de máquinas agrícolas ficou em 125,3 mil pessoas em setembro, queda de 1,1% em relação a agosto, mas ainda 8,2% acima do nível de setembro de 2024.
A Abimaq divulgou que espera um crescimento nas vendas do setor de máquinas e equipamentos agrícolas de 8% em 2025. No mês passado, Pedro Estevão, presidente da Câmara Setorial, havia adiantado que as projeções eram de 6% a 10%.