Desde a criação do eixo Ceará Sem Fome +Qualificação e Renda, em 2024, quase 7 mil beneficiários que passaram pelos cursos já estão inseridos no mercado de trabalho, segundo dados do Caged (Ministério do Trabalho). Além disso, mais de 700 beneficiários já receberam crédito produtivo por meio do Ceará Credi. Essas informações foram apresentadas durante um seminário realizado na tarde desta terça-feira (21), em Pacatuba, que também celebrou a segunda etapa do projeto “Sabores que Transformam”, uma parceria com a Solar Coca-Cola para oferecer 15 cursos de gastronomia para 300 beneficiários dos municípios de Pacatuba, Itaitinga e Guaiúba.
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O objetivo dessa fase da parceria é valorizar os produtores locais, proporcionando formação a partir da culinária típica dos municípios, com insumos regionais e encaminhamento rápido para o empreendedorismo e o mercado de trabalho. Para agilizar o processo, o projeto conta com o apoio da Secretaria Estadual do Trabalho e Emprego (SET), do Sebrae Ceará e da Unidade Gerenciadora das cozinhas dos três municípios contemplados, SOS Periferia.
A primeira-dama Lia de Freitas ressalta que a qualificação vai além da simples entrega do certificado, envolvendo acompanhamento para que os beneficiários alcancem autonomia financeira. “O que queremos celebrar no estado do Ceará é que cada família conquiste a sua autonomia financeira. Também é um trabalho das nossas cozinhas estimular e sensibilizar os beneficiários”, afirma.
Ela também relembrou a meta do governador Elmano de Freitas para o eixo +Qualificação, que prevê que ao menos uma pessoa de cada família beneficiária do programa realize um curso. “Já foram beneficiadas com cursos 315 pessoas nos municípios de Pacatuba, Itaitinga e Guaiúba, e, ao lançarmos mais 300 vagas de qualificação, chegamos mais perto da nossa meta”, destaca.
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O secretário do Trabalho, Vladyson Viana, reforça que investir em segurança alimentar é investir em sonhos e dignidade. “Esse eixo de qualificação é a prova de que, com a sua própria renda, o beneficiário vai conseguir sua dignidade, autonomia e segurança alimentar. Os quase 7 mil empregos já registrados comprovam isso. Queremos trocar o prato de comida pela carteira de trabalho”, comenta.
A prefeita de Pacatuba, Larissa Camurça, elogiou as ações do programa e colocou o poder público municipal à disposição para incentivar o eixo +Qualificação e Renda. “Nós sabemos até onde o Ceará Sem Fome chega. Sabemos que é necessário e esperamos que essa política pública se torne maior”, declarou.
Representantes das cozinhas Ceará Sem Fome dos municípios de Pacatuba, Guaiúba e Itaitinga também participaram do evento. Gerusa Maria, agente popular da cozinha Benjamin Sem Fome, no distrito de Jereissati (Pacatuba), relata que aguarda com animação os cursos de qualificação. “A nossa cozinha é a única do Jereissati e só tivemos um curso. Nesse curso, três pessoas se profissionalizaram, abriram seus próprios negócios e a expectativa foi muito boa”, contou.
O programa já capacitou cerca de 20 mil pessoas entre junho de 2024 e setembro de 2025, com cursos em áreas como beleza, empreendedorismo, gastronomia, serviços e tecnologia da informação. A meta é formar 55 mil pessoas até o final de 2026, ampliando ainda mais o impacto social e econômico do programa.
O que é o programa Ceará Sem Fome?
O Ceará Sem Fome é um programa permanente do Governo do Ceará voltado ao combate à fome e à promoção da segurança alimentar no estado. A iniciativa atua em três frentes emergenciais: o Cartão Ceará Sem Fome, que beneficia mais de 47 mil famílias com um valor mensal de R$ 300; uma rede com mais de 1.300 cozinhas sociais que servem mais de 130 mil refeições diárias; e campanhas solidárias que já arrecadaram mais de 500 toneladas de alimentos em grandes eventos.
Em 2024, o programa lançou o eixo +Qualificação e Renda, que visa criar oportunidades de autonomia econômica e social para beneficiários e voluntários, integrando qualificação profissional, inserção no mercado de trabalho, empreendedorismo e crédito produtivo orientado. A iniciativa valoriza os saberes locais, fortalece o protagonismo comunitário e incentiva alternativas sustentáveis de geração de renda.
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