Professores e professoras da rede municipal de ensino de Fortaleza seguem, nesta quarta-feira (8), em paralisação de 72 horas iniciada na terça-feira (7) em protesto contra a Reforma Administrativa e em defesa do serviço público. A mobilização, organizada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute), inclui vigílias na sede da Secretaria Municipal da Educação (SME) e deve culminar em uma grande marcha nesta quinta-feira (9), no centro da capital.
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De acordo com o sindicato, a adesão ao movimento permanece alta, com atividades suspensas em centenas de escolas da rede municipal. A SME confirmou que as unidades seguem abertas, mas sem atividades pedagógicas. A pasta lamentou a paralisação e afirmou que a medida impacta mais de 235 mil alunos da rede pública.
A categoria reivindica a retirada da Reforma Administrativa da pauta nacional e também cobra da Prefeitura de Fortaleza o cumprimento de pautas locais, como a retomada de benefícios, progressões de carreira e melhores condições de trabalho nas escolas. “Querem transformar o serviço público em negócio, mas, fazendo isso, irão destruir o que é público”, afirmou a presidenta do Sindiute, Ana Cristina Guilherme. Segundo ela, a proposta que tramita no Congresso representa “um ataque direto aos servidores e à estrutura do Estado”.
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Professores de Fortaleza paralisam atividades em defesa do serviço público
A entidade também destacou que a paralisação faz parte de uma mobilização nacional em defesa do serviço público e tem o objetivo de pressionar os parlamentares cearenses a se posicionarem contra a Reforma. “Essa reforma não combate privilégios, mas retira direitos dos servidores e ataca o que é público. O que a população precisa é de mais professores concursados e escolas estruturadas”, completou Ana Cristina.
A programação da paralisação inclui, além das vigílias na SME, a Marcha do Ceará, “O Serviço Público é do Povo!”, marcada para quinta-feira (9), com concentração às 8h na Praça da Imprensa e caminhada até a Assembleia Legislativa. No local, os trabalhadores devem entregar um manifesto contra o projeto.
Em nota, a Secretaria Municipal da Educação informou que já concedeu reajuste salarial de 6,27% aos profissionais da educação neste ano, retroativo a janeiro, índice superior ao aplicado a outras categorias de servidores. A SME também afirmou ter ampliado a progressão por tempo de serviço para quase 7.500 servidores.
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