
O governo de Pernambuco sinalizou um possível apoio aos produtores de cana-de-açúcar do Estado, segmento ainda impactado pelas tarifas adicionais dos Estados Unidos. O setor produtivo do Nordeste, mais afetado pelo tarifaço dos EUA sobre o açúcar brasileiro, negocia uma agenda com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, para a primeira quinzena de janeiro de 2026.
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Nessa segunda-feira (22/12), a governadora, Raquel Lyra, recebeu representantes do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool e de entidades do setor canavieiro, como a Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) e o Sindicato dos Cultivadores de Cana do Estado (Sindicape) para tratar da “grave crise gerada depois do tarifaço dos EUA”. Segundo os produtores, o cenário vai gerar “queda de produção de cana e das usinas na próxima safra, com impacto na geração de emprego, renda e tributos para o Estado”.
De acordo com os produtores pernambucanos, os preços da cana recuaram 40% neste ano, o que elevou a disparidade em relação ao custo de produção. Uma das solicitações do setor foi o auxílio público de R$ 70 milhões no fornecimento de fertilizantes. A proposta é que o governo estadual invista o montante na compra dos insumos para apoiar a adubação de área equivalente à produção de 5 mil toneladas de cana-de-açúcar por produtor.
Segundo as entidades participantes, a governadora se comprometeu a estudar a proposta. Uma nova reunião será marcada com a Secretaria de Fazenda do Estado.
O Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool em Pernambuco (Sindaçúcar-PE) reforçou a necessidade de auxílio ao setor canavieiro para evitar impactos na produção das usinas. No Estado, 92% dos canavieiros são da agricultura familiar.






