
Produção da raiz neste ano é estimada pelo IBGE em 20,3 milhões de toneladas, 6,5% acima de 2024 O setor brasileiro de amidos estima um crescimento de 20,9% na produção de fécula de mandioca este ano, chegando a 834 mil toneladas, informou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
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De janeiro a maio, a produção de fécula de mandioca no país somou 347 mil toneladas, 5,3% a mais em comparação com o mesmo período de 2024.
De acordo com pesquisadores do Cepea, a expectativa é que a produção siga em expansão, com produção de amidos derivados.
A produção de mandioca para 2025 é estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 20,3 milhões de toneladas, 6,5% acima da produção registrada no ano passado.
Em maio, o preço médio da mandioca entregue nas fecularias foi de R$ 548,56 por tonelada (R$ 0,9540 por grama de amido). Esse valor representa uma queda de 1,7% em relação a abril e um aumento real de 21,5% em comparação a maio de 2024.
Os pesquisadores do Cepea consideram que o maior interesse dos produtores em vender a produção continuará exercendo pressão nos preços.
Desempenho em 2024
Em 2024, a indústria brasileira de fécula esmagou 2,97 milhões de toneladas de mandioca, 11,5% acima do volume apurado no ano anterior, segundo o levantamento anual de desempenho da indústria de amidos de mandioca, realizado pelo Cepea em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca (Abam).
Graças ao aumento da moagem, a produção de fécula no Brasil cresceu 10,4% em 2024, para 689,3 mil toneladas.
Da produção total, 65,6% foram no Paraná, 21,3% em Mato Grosso do Sul, 9,7% em São Paulo e o restante (3,4%) em Santa Catarina, Bahia, Alagoas e Pernambuco.
A produção de amidos derivados (polvilhos doce e azedo, tapioca, misturas para pão de queijo e amidos modificados) cresceu 28% em 2024, para 367,7 mil toneladas.
O preço médio nominal da fécula recuou 27,7% em 2024, afetando negativamente o Valor Bruto da Produção (VBP), que caiu 21,6% no período, passando para R$ 2,08 bilhões, o menor dos últimos dois anos.
De acordo com o Cepea, em 2024 foi observada a diversificação dos derivados de mandioca, com 38% das unidades produzindo pelo menos mais um derivado, além da fécula in natura (tais como amidos modificados, polvilhos e misturas para pão de queijo).
O Cepea ouviu 88 unidades industriais em 64 municípios do Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Alagoas, Bahia e Pernambuco.