Procuradoria da Mulher promove palestras sobre violência de gênero em escolas cearenses

Com o objetivo de prevenir a violência de gênero entre os jovens e promover a conscientização nas novas gerações, a Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) tem realizado palestras e atividades educativas em escolas públicas do Estado. A ação faz parte de uma série de iniciativas do órgão e foi tema de mais uma edição do quadro “É Sobre Elas”, que acompanha o trabalho da procuradoria em defesa dos direitos das mulheres.

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As visitas às escolas envolvem momentos lúdicos e rodas de conversa, voltadas para estudantes do ensino fundamental e médio. Durante os encontros, os jovens têm acesso a informações sobre a Lei Maria da Penha, os tipos de violência existentes e como identificar o chamado ciclo da violência. “A gente é convidada para poder dar uma palestra, falar um pouco sobre a Lei Maria da Penha, os tipos de violência, o ciclo de violência. E, caso alguma pessoa se identificar nesse tipo de violência, ela sabe onde procurar, quais os órgãos procurar, inclusive a Procuradoria, né?”, explicou Anne Fernandes, advogada da Procuradoria da Mulher da Alece.

A atuação da equipe também inclui o apoio emocional às vítimas e a sensibilização da comunidade escolar. O psicólogo Erlito Rabelo destaca que a violência de gênero não afeta apenas a vítima direta, mas todo o seu entorno. “São vários aspectos que podem ser impactados quando a gente fala de violência e muitas vezes a gente acha que a violência vai afetar somente aquela mulher que está passando pela violência, quando na verdade a gente sabe que a violência afeta toda a família.”

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As ações são também um reforço pedagógico. Em uma escola cívico-militar de Fortaleza, por exemplo, os temas debatidos nas palestras são integrados ao conteúdo das disciplinas de Língua Portuguesa e Redação. A professora Letícia Rabelo conta como isso estimula o pensamento crítico dos alunos: “Especificamente na disciplina de Língua Portuguesa e Redação, a gente abre um leque para discussão a partir dos temas propostos. Queremos estabelecer com os alunos uma relação não somente de habilidade escrita, mas de pensamento crítico.”

Para os estudantes, o aprendizado vai além da sala de aula. Maria Eduarda Torres, aluna do 3º ano do ensino médio, relata como as atividades têm ampliado sua visão sobre o tema: “A gente tem aula de redação, de interpretação de texto, e às vezes a gente vê textos sobre isso e até slides e tal, vídeos, aí abre a nossa mente, sabe?”.

Além de informar, as palestras também trabalham a desconstrução de comportamentos nocivos. “Geralmente, os agressores fazem isso por causa da nossa cultura, né? Do machismo, da masculinidade tóxica. Então, a gente fala um pouco sobre isso também para que isso seja desconstruído, reconstruído, pensado e mudado, que é o mais importante.”, completa Anne Fernandes.

A Procuradoria da Mulher reforça que, com cada encontro nas escolas, está formando jovens mais conscientes e preparados para agir em defesa dos direitos humanos e na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

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