Procuradoria da Mulher oferece suporte integral a vítimas de violência doméstica no Ceará

No Ceará, mulheres em situação de violência doméstica contam com um suporte integral oferecido pela Procuradoria Especial da Mulher, que une atendimento jurídico, acolhimento psicológico e orientação social. A estrutura, ligada à Assembleia Legislativa do Estado (Alece), tem como missão garantir que essas mulheres sejam acolhidas de forma segura, sigilosa e sem julgamentos.

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Amanda Montenegro, bacharel em Direito, é uma das mulheres que buscaram apoio na Procuradoria em um momento difícil. Ela conheceu o serviço por meio de um amigo e decidiu procurar ajuda. “Eu vim buscar ajuda porque eu estava me sentindo muito mal, muito abafada pela situação que eu vivia, e aí eu encontrei aqui o local. Cheguei e fui atendida pela doutora Anica, do setor jurídico”, contou Amanda. Segundo ela, o atendimento inicial forneceu orientações jurídicas e encaminhamentos importantes, como o contato com a Delegacia da Mulher, além do início do acompanhamento psicológico. “Ela me deu várias dicas e conselhos, me encaminhou para locais onde eu poderia conseguir essa ajuda”, completou.

O acolhimento psicológico é uma das frentes mais importantes da Procuradoria. Lisa Tavares, psicóloga da equipe, explica que muitas mulheres chegam fragilizadas e sem clareza sobre a violência que enfrentam. “Essa mulher vem muito fragilizada, muito confusa, muito culpada. No atendimento psicológico, a gente ajuda a entender a situação que ela está vivenciando, organizar ideias para que ela possa passar por outros atendimentos, como o jurídico”, afirmou. Ela destaca que o atendimento busca oferecer suporte emocional, identificar os tipos de violência sofrida — física, moral, sexual ou psicológica — e fortalecer a mulher para que ela consiga romper o ciclo de agressões.

Segundo Karísia Mara, coordenadora da Procuradoria da Mulher da Alece, o foco do trabalho é garantir um primeiro atendimento acolhedor e livre de julgamentos. “O nosso forte aqui, o nosso principal foco é acolher essa mulher. Que ela se sinta ouvida, abraçada, independente do momento em que decidiu vir e do motivo pelo qual decidiu procurar ajuda”, explica. O atendimento pode ser presencial ou online, e também é possível entrar em contato pelo WhatsApp oficial, o Zap Delas, disponível de segunda a sexta, das 8h às 17h.

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Além dos atendimentos realizados em Fortaleza, a Procuradoria vem ampliando sua atuação para o interior do estado por meio da criação de Procuradorias Municipais. “A gente tem como procuradora estadual a deputada Juliana Lucena, que assumiu a missão de levar o serviço para os 184 municípios cearenses. Muitas dessas procuradorias não têm estrutura ideal, mas oferecemos apoio virtual com psicólogos, advogados e assistentes sociais”, destacou Karísia.

Amanda reforça a importância de tornar o serviço mais conhecido entre as mulheres. “Eu acho que a Procuradoria da Mulher ainda não é conhecida por muitas mulheres, assim como não era conhecida por mim. Quando postei nas minhas redes sociais que estava sendo acompanhada aqui, recebi várias mensagens de mulheres que não sabiam da existência desse serviço”, relatou. Ela conclui dizendo que a informação e o acesso à orientação foram fundamentais para compreender a própria realidade: “Com a ajuda jurídica, eu fui entender que o que eu vivia era uma violência doméstica”.

A orientação da equipe é que as mulheres busquem ajuda logo nos primeiros sinais de violência. Quanto mais cedo for iniciado o atendimento, maiores são as chances de proteção e reconstrução. A Procuradoria reforça que o acolhimento é feito com sigilo, respeito e compromisso com a dignidade da mulher.

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