
Premiação reconhece o protagonismo feminino nas diversas cadeias produtivas do agronegócio Produtoras rurais de todo o país têm até o dia 31 de julho para se inscrever na edição 2025 do Prêmio Mulheres do Agro. A premiação reconhece o protagonismo feminino nas diversas cadeias produtivas do agronegócio brasileiro, valorizando iniciativas que aliam gestão eficiente, inovação, sustentabilidade e impacto social.
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Criado pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), em parceria com a Bayer, o prêmio conta neste ano com o apoio da Nestlé. Embora seja aberto a mulheres de todos os setores do agro, a nova parceria busca ampliar a participação de produtoras da cadeia leiteira, segmento de forte presença feminina e relevância econômica. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, 98% dos municípios brasileiros produzem leite, com volume anual acima de 34 bilhões de litros.
Alessandra Barth assumiu a gestão do Sítio São Jorge, em Ipiranga (PR), em 2021, após 15 anos como professora. Desde então, implementou ferramentas tecnológicas na produção de leite, incluindo softwares de gestão financeira e zootécnica, inseminação artificial, genotipagem de animais e controle de qualidade
A propriedade também utiliza energia solar e reuso de dejetos animais como fertilizante. Segundo Alessandra, as mudanças reduziram em mais de 90% os custos com energia elétrica e melhoraram a qualidade do solo para silagem.
A fazenda adota colares de monitoramento no rebanho para controle de cio, temperatura e uso de medicamentos, além de oferecer suporte veterinário e nutricional. “Uma vaca que não está bem e não está confortável, não produz”, resume a produtora. Em 2023, ela ficou em terceiro lugar na categoria pequena propriedade do Prêmio Mulheres do Agro.
Lisiane Rocha Czech, da Fazendinha Sofia, em Teixeira Soares (PR), conquistou o 3º lugar na categoria grande propriedade em 2024. À frente da propriedade desde 1992, com 182 hectares e 402 cabeças de gado holandês, adota tecnologias de melhoramento genético, manejo integrado de pragas, energia fotovoltaica e logística reversa de embalagens.
A propriedade também utiliza plantio direto e conta com instalações voltadas ao bem-estar animal. Em março deste ano, Lisiane organizou um dia de campo com 200 produtoras locais e uma delegação da Alemanha, promovendo a troca de experiências no setor leiteiro.
Maria Lúcia Bessa, da Fazenda São Tomaz, em Rio Verde (GO)
Arquivo pessoal
Maria Lúcia Bessa, da Fazenda São Tomaz, em Rio Verde (GO), ficou em segundo lugar na categoria de média propriedade em 2024. Autodidata, implementou práticas de agricultura regenerativa, como adubação orgânica, pastagem rotacionada e reflorestamento de nascentes.
A energia solar também foi incorporada, com impacto na redução de custos e menor impacto ambiental. A produtora relata que o prêmio aumentou a visibilidade de seu trabalho.
A edição 2025 do Prêmio Mulheres do Agro segue com inscrições abertas até 31 de julho, pelo site oficial da premiação. Serão premiadas 9 produtoras, independente da cultura, e uma profissional da ciência e pesquisa agropecuária. A seleção considera o porte da propriedade e a atuação direta das mulheres na gestão das atividades.