
Os preços mundiais dos alimentos recuaram ligeiramente em setembro, em razão da queda do açúcar e dos laticínios, informou a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). O índice de preços criado pela entidade, que monitora uma cesta de alimentos básicos, atingiu 128,8 pontos no mês, abaixo do nível revisado de 129,7 pontos em agosto, mas 3,4% acima do ano anterior.
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O indicador permanece 19,6% abaixo do pico de março de 2022, alcançado após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Os preços do açúcar caíram 4,1% no mês passado, atingindo o menor nível desde março de 2021, devido à produção acima do esperado no Brasil e às perspectivas favoráveis de colheita na Índia e na Tailândia.
Os laticínios caíram 2,6%, marcando seu terceiro declínio mensal consecutivo. Os preços da manteiga recuaram devido às maiores expectativas de produção na Nova Zelândia e à menor demanda por sorvete no Hemisfério Norte, enquanto os preços do leite em pó caíram devido à demanda mais fraca dos principais importadores e à concorrência mais acirrada nas exportações.
Os valores de negociação do óleo vegetal caíram 0,7% em relação a agosto, impulsionados pelos menores preços do óleo de palma e de soja, embora os aumentos nos preços do girassol e da canola tenham compensado parcialmente a queda.
Os preços dos cereais caíram 0,6%, em razão do trigo e do milho mais baratos, informou a FAO.
Na outra ponta, os preços da carne subiram 0,7%, atingindo um novo recorde. O aumento reflete os preços mais altos da carne bovina e ovina, enquanto os preços da carne suína e de aves permaneceram praticamente estáveis.