
Os preços mundiais do arroz voltaram a cair em agosto, desta vez, 1,7%, segundo acompanhamento do Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad) da França. O índice Osiriz/InfoArroz (IPO) caiu 3,3 pontos no mês, para 186,5 pontos (base 100 = janeiro de 2000).
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A oferta exportável abundante continua pesando sobre os preços mundiais. Além disso, a demanda mundial continua fraca, especialmente na Indonésia, graças a uma melhora na produção, e sobretudo nas Filipinas, onde o governo decretou uma proibição das importações durante dois meses até o final de outubro.
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Em contraste, diz o Cirad em relatório, a demanda de importação de Bangladesh está em seu nível mais alto em sete anos devido às inundações que afetaram uma parte importante da produção; as previsões de importação seriam de 1,2 milhão de toneladas em 2025.
Nas últimas semanas, a queda dos preços de exportação foi significativa, especialmente na Tailândia e no Paquistão, bem como nos Estados Unidos.
Já nos países do Mercosul, a contração dos preços foi mais moderada, enquanto na Índia, os preços permaneceram relativamente estáveis, aponta o Centro. Em contraste, os preços vietnamitas se fortaleceram devido à queda da oferta interna.
“Com a chegada progressiva das principais safras asiáticas e o anúncio da liberação dos estoques indianos, a tendência baixista dos preços mundiais deve continuar pelo menos até o início de 2026.”
Em 2025, a produção mundial atingirá 836,5 milhões de toneladas, um aumento de 1% em relação à safra anterior. O comércio mundial deve alcançar um nível recorde de 61,4 milhões de toneladas, um aumento de 2,9% em relação a 2024.
No início de setembro, o índice IPO continuava caindo, para 183 pontos, aponta o Cirad.