O mercado de feijão se manteve em ritmo lento ao longo da semana passada e os valores, pressionados. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a postura retraída de compradores e a maior presença de lotes com umidade inadequada à necessidade da indústria foram fatores que influenciaram as baixas de preços.
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Lotes denominados extras, com peneira 12 acima de 90%, são escassos e, portanto, são mais valorizados no mercado. Assim, muitos produtores consultados pelo Cepea que ainda detêm esse grão negociam apenas quando precisam “fazer caixa”, enquanto os vendedores mais capitalizados preferem armazenar esse feijão.
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Na sexta-feira (17/10), a saca de 60 quilos de feijão-carioca de qualidade superior foi negociada a R$ 199,23 em Sorriso (MT), uma queda diária de 2,10%. No leste de Goiás, a cotação estava em R$ 222,53, recuo de 0,20% em relação ao dia anterior.
No campo, a semeadura da temporada 2025/26 atinge 21,1% da área estimada para a primeira safra, segundo apontam dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No Sul do País, as atividades de campo seguiram mais lentas devido às chuvas.
Já em São Paulo, a semeadura já foi finalizada há algumas semanas e, agora, produtores se preparam para iniciar a colheita no final deste mês. Muitas lavouras paulistas são irrigadas, o que permite a uma janela de colheita adiantada.
Estimativas divulgadas neste mês pela Conab apontam que a temporada brasileira de feijão de 2025/26 deve somar 3,04 milhões de toneladas, queda de 1% em relação à da safra anterior (2024/25). Essa retração se deve à queda de 0,4% na área, passando para 2,68 milhões de hectares, e à diminuição de 0,5% na produtividade, indo para 1.134 quilos por hectare.