
Cacau e algodão operam em baixa, enquanto contratos de açúcar registram alta Os preços do café sobem 1,36% nesta manhã, na bolsa de Nova York, e estão cotados a US$ 3,6425 por libra-peso. A alta dos lotes de julho se dá em meio a um temor do mercado sobre a boa qualidade do arábica, que está em plena colheita no Brasil, além da valorização do real.
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Os principais fundamentos do mercado do grão não mudaram: estoques globais seguem baixos, clima irregular e equilíbrio precário entre produção e consumo mundial, como cita o analista Eduardo Carvalhaes, que é sócio do escritório Carvalhaes, especializado no mercado de café.
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O analista lembra que a colheita da nova safra brasileira de café 2025/2026 avança em bom ritmo, com uma safra maior para o conilon, quando comparada à de 2024, e a de arábica, menor que a safra atual. “Mas é cedo para conclusões mais seguras. A aproximação do período de inverno no hemisfério sul complica esse cenário. O quadro político e econômico global permanece com enormes incertezas, levando as bolsas ao redor do mundo a trabalharem com fortes e rápidas oscilações”, explica em seu boletim técnico.
Cacau
O preço do cacau negociado para setembro oscila nesta manhã e cai 0,40%, com os contratos de setembro, os mais negociados, a US$ 9.418 por tonelada.
“As recentes chuvas acima da média em regiões produtoras da Costa do Marfim e Gana trouxeram alívio momentâneo ao mercado, mas o volume acumulado desde o início da safra 24/25 ainda está abaixo da média histórica”, afirmou Carolina França, analista de inteligência de mercado da Hedgepoint Global Markets.
Por outro lado, o risco de a commodity não atingir qualidade alta está no radar do mercado e se soma às restrições de exportação que o governo da Costa do Marfim determinou recentemente para proteger o mercado interno. Esses fatores sustentam a tendência de alta para a amêndoa.
“A continuidade das precipitações ao longo de junho e julho será determinante para o desempenho da próxima safra principal (25/26)”, acrescentou a analista, em boletim técnico.
Açúcar e algodão
Os papéis do açúcar para julho valorizam 0,48% e operam a 16,75 centavos de dólar por libra-peso.
Na contramão, está o algodão futuro com entrega para dezembro, que cai 0,31% e opera a 68,14 centavos de dólar por libra-peso. Esses são os contratos mais negociados na bolsa nesta manhã, porém os investidores seguem com apetite moderado pela pluma.