Mercado segue atento aos rumos da guerra comercial e à evolução das lavouras nos Estados Unidos Os contratos futuros de soja e milho operam em queda nesta terça-feira (29/04), na bolsa de Chicago. Os da oleaginosa para julho (os mais negociados) recuam 1,06%, para US$ 10,5125 o bushel, e os de milho de mesmo vencimento, 1,03%, para US$ 4,7875 o bushel.
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Analistas afirmam que as chuvas no cinturão produtor dos EUA podem aumentar a produtividade das lavouras fazendo até com que a safra de milho ultrapasse as 400 milhões de toneladas pela primeira vez na história.

E a falta de um acordo comercial entre EUA e China continua como entrave para os preços porque deve dificultar a venda dessa grande safra americana. No caso da soja, pesa também o fato de o petróleo estar em baixa. O fóssil é concorrente de produtos como o biodiesel.
Como outra influência negativa, o analista Michael Cordonnier, da Soybean & Corn Advisor, divulgou que as condições climáticas melhoraram na Argentina. “O plantio deve aumentar”, disse em nota. Cordonnier prevê que a produção de soja da Argentina some 50 milhões de toneladas.
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O trigo, por sua vez, opera estável após cair 2,5% ontem. A cotação é de US$ 5,30 o bushel. “Os preços do trigo estão caindo novamente nos mercados dos EUA em meio às tensões comerciais em curso com aqueles que devem comprar o trigo que os EUA começarão a colher em um mês”, destacou ontem Luiz Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica.

Além disso, complementou o analista, a chuva chegou às Grandes Planícies do norte, ajudando a restaurar o equilíbrio hídrico do solo em Dakota do Norte, o principal Estado produtor de trigo de primavera nos Estados Unidos.
“A perspectiva positiva para a produção 2025/2026 na União Europeia, após uma safra em que as exportações perderam força devido a uma colheita menor também está influenciando a tendência de queda em Chicago”, afirma Pacheco.