Trigo sobe com os reflexos dos ataques da Rússia na Ucrânia A abertura do pregão na bolsa de Chicago, nesta quarta-feira (28), evidencia um movimento de recuo de soja e milho, diante de previsões melhores para a colheita da safra dos Estados Unidos, que está em andamento. Por outro lado, os reflexos dos ataques da Rússia na Ucrânia dão suporte às cotações do trigo.
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No campo negativo, os papéis da soja com entrega para julho recuam 0,78% e operam a US$ 10,5425 o bushel. Segundo a Hedgepoint, o mercado já não está de olho na safra do Brasil, que foi colhida, mas pode ter influência do andamento bom da safra nos Estados Unidos, onde 76% da área com a oleaginosa já está plantada.
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Enquanto isso, a força contrária viria do clima na Argentina, que está finalizando sua colheita. Mesmo assim, a produção argentina segue em uma situação confortável para o mercado e deve pesar para uma tendência de baixa nos próximos dias.
O mesmo acontece com o milho, que desvaloriza 0,92% e opera a US$ 4,5525 o bushel. Os investidores estão atentos ao avanço dos trabalhos de campo nos EUA, onde 85% da área com o cereal já está cultivada, acrescenta a Hedgepoint.
Os papéis do trigo com vencimento para julho estão cotados a US$ 5,2975 o bushel, em alta de 0,24%. A valorização, entretanto, não muda o quadro de negociação entre US$ 5 e US$ 6 por bushel, perto do menor nível desde 2020 devido à ampla oferta global e à fraca demanda, sinaliza a Trading Economics.
“Além disso, a crescente concorrência do trigo russo e a próxima colheita do Hemisfério Norte devem inundar o mercado com grãos baratos”, aponta o boletim da consultoria.