
Embora tenham iniciado a última semana em patamares maiores, os preços do milho caíram ao longo do período, conforme aponta levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O enfraquecimento da demanda interna explica os recuos
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Parte dos consumidores realizou compra antecipada e, diante disso, se afastou das negociações no mercado de balcão. Além disso, estimativas seguem apontando oferta nacional elevada na safra 2025/26, o que reforçou a pressão sobre os valores domésticos, explica o Cepea.
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Do lado vendedor, muitos produtores estão retraídos das negociações, com expectativas de reação nos preços no começo de 2026, fundamentados na possibilidade do retorno dos compradores, após o recesso de parte das empresas no final do ano.
Na sexta-feira (12/12), o indicador do Cepea para o milho, baseado na região de Campinas (SP), registrou a cotação média de R$ 69,46 a saca de 60 quilos, uma queda semanal de 1%. No entanto, no acumulado de dezembro, o preço ainda registra alta de 1,02%.
No campo, o retorno das chuvas em importantes regiões produtoras trouxe alívio aos agricultores, que estavam temerosos quanto ao impacto do clima sobre o desenvolvimento das lavouras de verão e sobre a semeadura da segunda safra. Em relatório divulgado na última semana, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou a produção da safra brasileira 2025/26 em 138,87 milhões de toneladas, leve queda de 1,5% frente à da temporada anterior, mas ainda a segunda maior da série histórica, iniciada em 1976.






