
Neste inicio de semana, o café arábica volta a operar em alta em Nova York, depois da queda na última sessão, enquanto o mercado aguarda saber se o grão brasileiro será isento das sobretaxas de 50% impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Os rumores cresceram durante o fim de semana , ao mesmo tempo em que a China habilitou 183 empresas brasileiras a exportar café ao país.
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Agora, os lotes de arábica mais negociados (com vencimento em setembro) sobem 1,44%, a US$ 2,8825 a libra-peso.
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Segundo Leonardo Rossetti, analista de inteligência de mercado da StoneX, com as taxas tendo potencial para reduzir drasticamente as exportações de café do Brasil, os americanos sabem que não conseguirão buscar novos compradores no curto prazo. Somente ano passado, os EUA responderam por 16% das exportações do Brasil, com mais de 8 milhões de sacas. Sob esse contexto, Rossetti diz que Colômbia, Honduras e Guatemala aparecem como opções ao produto brasileiro.
Para Haroldo Bonfá, diretor da Pharos Consultoria, a Colômbia – segundo maior exportador mundial de café arábica – não tem mais produto para negociar com EUA. “A indústria americana vai procurar alternativas ao café brasileiro. Se ela não encontrar outros compradores, vai fazer a conta: valerá a pena comprar do Brasil com 50% a mais de custo?”, questiona.
Rossetti, da StoneX, lembrou que enquanto há uma corrida dos exportadores brasileiros para embarcar o café que já foi negociado, os novos negócios estão paralisados até que haja um desfecho para a questão tarifária.
Também em Nova York, o açúcar demerara para outubro sobe 0,93%, a 16,33 centavos de dólar a libra-peso, enquanto o algodão de mesmo vencimento tem alta modesta de 0,25%, a 64,54 centavos de dólar a libra-peso.
O cacau por sua vez, passa por uma correção técnica e cai 2% agora perto das 8h40, a US$ 8.064 a tonelada.