O cacau segue em queda livre na bolsa de Nova York, pressionado pelo sentimento de oferta favorável. Os lotes da amêndoa com entrega para março de 2026 recuaram 1,79% nesta quinta-feira (13/11), para US$ 5.654 a tonelada.
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De acordo com análise do site Mercado do Cacau, o sentimento de baixa para as cotações foi impulsionado por informações de que as chegadas de cacau aos portos da Costa do Marfim, maior produtora mundial, aumentaram nas últimas semanas, revertendo o início lento da temporada 2025/26. Além disso, a publicação ressalta que as condições para os cacaueiros permanecem favoráveis.
“Agricultores locais relataram que chuvas leves combinadas com temperaturas mais elevadas favoreceram o desenvolvimento das lavouras, indicando condições positivas para a safra principal (outubro a março)”.
Ainda de acordo com o site, o cacau está sendo pressionado pela proposta de adiamento da lei antidesmatamento da União Europeia.
“A possível postergação foi bem recebida por parte do mercado, já que a medida poderia evitar gargalos logísticos e comerciais no curto prazo, especialmente entre produtores da África Ocidental e América Latina, que ainda enfrentam dificuldades para atender aos requisitos de rastreabilidade georreferenciada”.
Café
O café caiu novamente em Nova York após um recuo de mais de 5% na sessão da véspera. Os contratos para março do ano que vem, atualmente os mais negociados, cederam 0,64%, para US$ 3,7425 a libra-peso.
Os preços ainda são impactados pela expectativa de que os EUA irão reduzir as sobretaxas aplicadas em alguns produtos brasileiros, entre eles, o café.
Os investidores também digerem as previsões mais recentes sobre a safra brasileira do ano que vem. Em sua primeira estimativa para o ciclo de café 2026/27, a StoneX estimou a produção brasileira em 70,7 milhões de sacas, um avanço de 13,5% em relação ao ciclo anterior (2025/26), sendo 47,2 milhões de sacas de arábica (aumento anual de 29,3%) e 23,5 milhões de sacas de robusta (recuo de 8,9%).
Suco de laranja
O suco de laranja congelado e concentrado (FCOJ, na sigla em inglês) registrou o quarto recuo consecutivo em Nova York. Os papéis com entrega em janeiro fecharam em queda de 2,41%, negociados a US$ 1,6570 a libra-peso.
Açúcar e algodão
Os papéis do açúcar demerara com entrega para março fecharam em queda de 0,55%, cotados a 14,44 centavos de dólar a libra-peso. No mercado do algodão, por sua vez, os lotes com o mesmo vencimento caíram 0,43%, negociados a 64,53 centavos de dólar a libra-peso.