Maior parte dos negócios apresenta estabilidade, mas algumas vendas estão sendo realizadas a valores menores O mercado pecuário está em franco “cabo de guerra”, afirmam analistas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Compradores estão abrindo ofertas com ajuste de preço para baixo, mas os pecuaristas, em geral, recusam.
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A maior parte dos negócios captados pelo Cepea nesta terça-feira (24/6) ocorreu nos mesmos valores da segunda-feira e de meados da semana passada. Em algumas regiões, porém, já foram registradas negociações a preços menores. O aumento na oferta de boiadas, aliado à menor demanda por carne, começa a pressionar as cotações.
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Das 32 regiões pecuárias monitoradas pela Scot Consultoria, 20 mantiveram estabilidade de preços nesta terça-feira. No entanto, em 11 praças as cotações registraram quedas: Triângulo Mineiro, norte de Minas Gerais, Goiânia (GO), sul de Goiás, Campo Grande (MS), oeste da Bahia, sudoeste e sudeste de Mato Grosso, noroeste do Paraná, Marabá (PA) e Redenção (PA). Apenas em Santa Catarina os preços tiveram altas.
Nas praças paulistas de Araçatuba e Barretos, o preço do boi gordo se manteve a R$ 315 a arroba para o pagamento a prazo. Segundo a Scot, os compradores reduziram os negócios e a oferta foi suficiente para atender à demanda sem excedentes, o que garantiu estabilidade nos preços na comparação diária. A expectativa era de manutenção dos preços, com projeção de melhora no escoamento da carne no início de julho. As escalas de abate em São Paulo atendiam, em média, a oito dias.
Em relação ao mercado externo, a Scot destaca que o volume exportado até terceira semana de junho foi de 168,8 mil toneladas. A média diária está em 12,1 mil toneladas, aumento de 25,3% frente ao embarcado por dia em junho do ano passado. A cotação média da tonelada ficou em US$ 5,4 mil, alta de 21,6% em comparação com o mesmo período de 2024.