Após uma semana com altas nas cotações em diversas praças, o mercado pecuário encerrou esta sexta-feira (3/10) com estabilidade na maior parte do Brasil. Das 33 regiões monitoradas pela Scot Consultoria, 27 não tiveram alterações nos preços do boi gordo. Os valores subiram em Belo Horizonte, Goiânia, Marabá (PA), sul do Tocantins e Rio de Janeiro. Apenas em Pelotas (RS) houve queda.
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Nas praças de Araçatuba (SP) e Barretos (SP), referências para o mercado, o preço do boi gordo permaneceu em R$ 303 a arroba para o pagamento a prazo. Já a cotação da novilha teve alta de R$ 2, para R$ 294 a arroba.
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A Scot destaca que o mercado esteve dividido em dois cenários: externo e interno. As indústrias frigoríficas voltadas às exportações trabalharam com escalas mais alongadas. Algumas delas optaram por ficar fora das compras, enquanto as que atuaram mantiveram os preços nos mesmos patamares de quinta-feira, mesmo com a menor oferta de bovinos hoje e ao longo da semana.
Já os frigoríficos voltados ao mercado interno, diante da menor disponibilidade de bovinos, reflexo da postura retraída dos pecuaristas em negociar nos preços vigentes, registraram escalas mais curtas. Apesar dessa divisão, o consenso é de que o escoamento de carne bovina permanece travado, o que limita grandes alterações nas cotações.
A consultoria Agrifatto destaca que, em setembro, o bezerro apresentou valorização de 2,18% no comparativo mensal, alcançando R$ 2.798,56 a cabeça na média Brasil, maior patamar desde abril de 2022.
Esse movimento pressionou a relação de troca com o boi gordo, que encerrou o mês em 2,13 bezerros por boi na média nacional, queda de 1,50% frente ao mês anterior e abaixo da média histórica em 6,62%. Em Mato Grosso, a retração foi ainda mais intensa, com queda de 4,23% no indicador, fechando setembro em 2,12 bezerros por boi.