Um policial militar foi baleado na manhã deste sábado (31) durante uma operação conjunta na comunidade da Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A ação, que reúne forças de segurança do Rio e do Ceará, visa capturar membros de uma facção criminosa com atuação interestadual, acusados de comandar crimes no Ceará a partir do território fluminense.

Segundo a Polícia Militar, o agente foi atingido no pescoço durante o desembarque na localidade da Roupa Suja, ponto crítico da favela. Ele integrava o cerco montado pelos policiais do Recom (Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidões). O militar foi socorrido e encaminhado ao Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea. Apesar do ferimento, ele passa bem e não corre risco de morte.

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O caso marca o 54º agente de segurança baleado na Região Metropolitana do Rio em 2025, segundo dados do Instituto Fogo Cruzado, que registrou um aumento de 47% nos casos em comparação ao mesmo período do ano passado.

Operação policial na Rocinha para capturar criminosos do Ceará

Durante a operação, os policiais apreenderam quatro fuzis, três pistolas, celulares e um rádio transmissor. Um homem foi preso no local, embora não estivesse entre os alvos da operação.

As investigações são conduzidas pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), com apoio do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Os mandados de 29 prisões e 14 buscas e apreensões foram expedidos pela Justiça cearense.

Segundo o MPCE, os alvos integram o Comando Vermelho do Ceará e estavam escondidos na Rocinha, de onde comandavam o tráfico de drogas e ordenavam crimes violentos, como execuções, no estado nordestino.

Facção teria ordenado mais de mil homicídios

As investigações revelam que a facção utilizava a estrutura da comunidade fluminense para manter suas ações criminosas no Ceará. O MPRJ identificou a presença de cerca de 70 fuzis com os investigados, que teriam “arrendado” parte da Rocinha para manter sua base de operações.

“A ação visa a desarticular uma aliança criminosa que, a partir do território fluminense, tem comandado a criminalidade no Ceará. Há indícios de que mais de mil homicídios tenham sido ordenados do Rio para aquele estado ao longo dos últimos dois anos”, afirmou o procurador-geral de Justiça do MPRJ, Antonio José Campos Moreira.

*Com informações do portal R7.

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