Polícia Militar prende 19 pessoas após queima de fogos em Fortaleza; artefatos são apreendidos

O secretário-chefe da Casa Civil do Governo do Ceará, Chagas Vieira, informou na noite desta segunda-feira (15) que a Polícia Militar confirmou a prisão de 19 pessoas envolvidas na soltura coordenada de fogos de artifício em comunidades de Fortaleza. A ação, segundo ele, foi uma tentativa de intimidação entre grupos criminosos rivais. Vários artefatos foram apreendidos na ação.

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“PM confirmou a prisão de 19 criminosos que soltavam fogos em comunidades de Fortaleza para intimidar rivais. O número de prisões de envolvidos em facções aumentou 61,5% este ano. A polícia está na luta, enquanto oportunistas, que nunca fizeram nada pela segurança, torcem contra”, escreveu o secretário em suas redes sociais.

A fala de Chagas ocorre após a intensa queima de fogos registrada em diversos bairros da capital cearense, como Parangaba, Maraponga, Lagamar e Vila União, em uma ação orquestrada por uma facção criminosa de origem carioca. De acordo com as investigações, os fogos teriam sido usados para marcar a suposta tomada de territórios dominados anteriormente por uma facção rival local.

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Ex-prefeito ironiza

O ex-prefeito de Fortaleza, José Sarto, também se manifestou sobre o episódio, usando um tom de crítica nas redes sociais. Ele relembrou que a queima de fogos com estampido é proibida por uma lei sancionada durante sua gestão, e cobrou respostas das autoridades públicas diante da situação.

“Recebi relatos de queima de fogos em diversos bairros de Fortaleza por volta das 19 horas. O poder público sabe informar algo a respeito? Lembrando que em Fortaleza a queima de fogos de artifício com estampido é proibida. Mas, pelo que ouvi falar, os responsáveis pelos papocos não são cumpridores da lei. Ao contrário”, ironizou Sarto.

Prisões e combate às facções

Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), entre janeiro e agosto de 2025, o Estado contabiliza 1.418 prisões e apreensões de suspeitos de envolvimento com o crime organizado. O número representa um aumento de 61,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, refletindo a intensificação das ações policiais diante do avanço do Comando Vermelho sobre áreas antes dominadas pela facção Guardiões do Estado (GDE).

A disputa por territórios estratégicos, como os bairros Vicente Pinzón e Lagamar — próximos a regiões portuárias e de grande circulação —, tem motivado confrontos violentos e exigido resposta constante das forças de segurança. A SSPDS reforça que operações seguem em andamento e que a colaboração da população é essencial.

Como denunciar

A SSPDS reforça que denúncias anônimas podem ser feitas pelo Disque-Denúncia 181, pelo WhatsApp (85) 3101-0181 (mensagens de texto, áudio, vídeo ou foto), ou pela plataforma “e-denúncia”, no site disquedenuncia181.sspds.ce.gov.br.

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