Polícia Federal faz operação contra fraudes bancárias em Portugal

A Polícia Federal (PF) prendeu, na segunda-feira, 12 de maio, um homem foragido da Operação Redescobrimento, que investiga uma organização criminosa transnacional envolvida em fraudes bancárias contra vítimas em Portugal. O indivíduo, inicialmente detido durante a deflagração da operação, havia sido liberado com o uso de tornozeleira eletrônica, mas teve a prisão novamente decretada pela Justiça. Com apoio da Polícia Militar do Ceará (PMCE), por meio da ASINT, o foragido foi localizado em um apartamento situado em área nobre de Fortaleza, com a tornozeleira descarregada.

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A prisão integra os desdobramentos da Operação Redescobrimento, deflagrada no dia 28 de maio com o objetivo de desarticular um grupo especializado em fraudes bancárias eletrônicas de grande escala. A organização criminosa, que atuava a partir de diversas cidades do Brasil, é suspeita de desviar aproximadamente R$ 10 milhões de contas de clientes de bancos portugueses.

No total, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de prisão preventiva nas cidades de Fortaleza (CE), Imperatriz (MA), Gurupi (TO), Jacareí (SP), São Bernardo do Campo (SP), Caraguatatuba (SP), Campinas (SP), Ribeirão Preto (SP), Vila Velha (ES) e Brasília (DF). Também foram expedidas ordens judiciais para bloqueio de bens e valores dos investigados.

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As fraudes bancárias eram cometidas por meio de técnicas como phishing, smishing e vishing, com o uso de sites falsos, mensagens SMS e ligações telefônicas com sotaque lusitano, tudo para enganar as vítimas em Portugal e obter dados bancários. Após o acesso às contas, os valores eram inicialmente transferidos para contas em nome de “laranjas” naquele país e, posteriormente, remetidos ao Brasil por meio de empresas especializadas em transferências internacionais.

De acordo com a Polícia Federal, parte dos recursos obtidos pelas fraudes bancárias era lavada por meio de investimentos em criptoativos. O dinheiro era então convertido em reais e utilizado pelos membros da organização criminosa no Brasil.

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A operação contou com informações repassadas pela Polícia Judiciária de Portugal, por meio da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica (UNC3T), no âmbito da Operação Vera Cruz. A cooperação internacional também envolveu a Financial Crime and Anti-Corruption Centre (IFCACC), da INTERPOL.

Os investigados responderão por crimes de organização criminosa, invasão de dispositivo informático, furto mediante fraude e lavagem de dinheiro. A Polícia Federal continua as investigações para identificar outros envolvidos e rastrear os recursos desviados nas fraudes bancárias.

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