A Polícia Federal realizou na manhã desta quinta-feira (15) a operação Intercept Raptor, com o objetivo de combater crimes ambientais, em especial a caça ilegal de animais silvestres, em cinco municípios do interior do Ceará: Frecheirinha, Massapê, Viçosa do Ceará, Ipueiras e Croatá.
A ação cumpre 11 mandados de busca e apreensão e conta com o apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que atua na identificação dos animais silvestres envolvidos nas investigações. Os crimes apurados incluem caça ilegal, maus-tratos a animais e associação criminosa.
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Durante as buscas, os agentes encontraram armas, apetrechos utilizados para caça e diversos animais empalhados — técnica usada, segundo as investigações, para atrair presas.
A operação foi batizada de Intercept Raptor como referência à missão de interromper atividades ilegais contra predadores e demais espécies silvestres. Em nota, a Polícia Federal destacou seu compromisso contínuo com a proteção ambiental e afirmou que seguirá empenhada em responsabilizar autores de crimes contra a fauna brasileira.
Caça ilegal de animais silvestres no Ceará
- Operação da Polícia Militar apreende 81 animais silvestres na Feira da Parangaba, em Fortaleza
Em uma operação de fiscalização realizada no último domingo, 11 de maio, 81 animais silvestres foram apreendidos na tradicional Feira da Parangaba, em Fortaleza. A ação foi conduzida pelo 6º Batalhão da Polícia Militar e contou com o apoio do Instituto Pró-Silvestre, entidade conveniada à Secretaria da Proteção Animal do Ceará (Sepa). Os animais, vítimas do tráfico ilegal, estavam sendo comercializados de forma clandestina.
Foram resgatadas 80 aves de diversas espécies e um jabuti, todos mantidos em condições precárias. De acordo com os agentes, os animais estavam escondidos em mochilas, gaiolas e caixas com marcas de sangue, evidenciando maus-tratos e sofrimento extremo.
“É inadmissível que ainda existam práticas como essa. Quando o cidadão compra um animal silvestre, está financiando o mercado ilegal do tráfico destes animais. Isto é crime. Esses animais sofrem maus-tratos, ficam doentes, muitos morrem. Retirar um animal do seu habitat natural desequilibra o ecossistema. O lugar de animal silvestre é na natureza”, declarou o secretário da Proteção Animal do Ceará, Erich Douglas.
Após a apreensão, os animais foram encaminhados ao Instituto Pró-Silvestre (IPS), onde passam por processo de reabilitação com o objetivo de serem devolvidos ao seu habitat. O presidente do IPS, o doutor em Ciências Veterinárias Bruno Pessoa, destacou a gravidade da situação:
“Infelizmente, as feiras de Fortaleza ainda são palco da comercialização ilegal de animais silvestres. Muitas dessas espécies já correm risco de extinção. Quando chegam ao Instituto, os animais estão debilitados: com hipotermia, hipoglicemia, ferimentos e desnutrição. A recuperação é difícil e nem todos sobrevivem. No entanto, os 81 animais resgatados ainda estavam em estado recente de captura e, felizmente, estão reagindo bem à reabilitação.”
Apesar do flagrante, ninguém foi preso na operação. Os suspeitos fugiram ao perceber a chegada da viatura policial. A Polícia Civil segue investigando o caso, e denúncias da população podem ajudar a identificar os responsáveis.
A Secretaria da Proteção Animal reforça que o tráfico de animais silvestres é crime ambiental e que a população pode denunciar esse tipo de prática, de forma anônima, pelos canais oficiais: Disque-Denúncia 181, WhatsApp (85) 3101-0181 ou pelo site disquedenuncia181.sspds.ce.gov.br.
A apreensão reacende o debate sobre a urgência de ações educativas e repressivas contra o tráfico de fauna, um dos principais fatores de ameaça à biodiversidade brasileira.
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