O setor produtivo cobrou que as medidas anunciadas pelo governo federal para a agricultura familiar nesta segunda-feira (30/6) sejam implementadas na totalidade. Vânia Marques, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e representante do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf), disse que os produtores têm enfrentado dificuldade de acessar crédito rural nos bancos.
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“Vemos com bons olhos [as medidas], mas queremos reafirmar a necessidade de as políticas chegarem de forma efetiva na base. Precisamos de boa execução e fácil acesso, não temos tempo para esperar”, disse durante cerimônia de lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/26, no Palácio do Planalto, em Brasília.
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“É necessário executar o que está sendo anunciado, de cabo a rabo. Queremos pedir aos bancos que faciltem a vida dos agricultores familiares”, completou.
Marques disse que a manutenção dos juros das linhas destinadas à produção de alimentos e para a atividade agroecológica representam “compromisso do governo com o povo brasileiro e a possibilidade de ter comida com preço acessível para a população e preço digno para quem produz”.Ela disse ainda que , “em momento de taxa Selic a 15%, esse é compromisso do governo, entendendo que agricultura familiar precisa produzir alimentos com preço mais baixo”.
A dirigente ressaltou ainda que o Plano Safra tem dado sinalizações importantes para a sociedade, como a preocupação com as mudanças climáticas. Nesta segunda-feira, o Ministério do Desenvolvimento Agrário anunciou a criação de linhas para financiamento de irrigação e de outros investimentos para a adaptação às mudanças climáticas e para a convivência no semiário.
“O planeta está pedindo socorro. O Plano Safra está dando sinais de que é possível fazer mudanças, e que elas precisam ser profundas e estruturantes. Mas a sinalização é importante, de preocupação com as mudanças climáticas”, disse Marques.
A dirigente da Contag ainda comemorou o anúncio de assinatura do decreto que cria o Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara).
Segundo ela, não é possível para um agricultor familiar produzir alimentos saudáveis com outros produtores “despejando veneno” nas propriedades vizinhas.
