A picape que “voou” de uma duna no litoral do Ceará e viralizou na internet ganhou um novo dono: Alisson Sávio, criador de peixes da cidade de Russas. O veículo, que pertencia ao empresário Valécio Granjeiro, foi repassado ao amigo por cerca de R$ 250 mil, valor equivalente a metade do preço de uma unidade nova, que atualmente custa R$ 490 mil.
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Sem seguro, a picape esportiva foi colocada à venda após o impacto do salto, que atingiu 14 metros de altura e percorreu quase 90 metros de distância. O pouso forçado causou uma série de danos mecânicos: rodas quebradas, suspensão danificada e airbags acionados. Ainda assim, com apenas 320 quilômetros rodados, o veículo chamou a atenção de Alisson, que resolveu adquiri-lo como item de exibição.
Em um perfil no Instagram dedicado à picape, Alisson mostrou que, ao ligar o carro, mais de dez mensagens de erro surgem no painel, incluindo alertas sobre freios, sensores, controle de tração e cinto de segurança. A caçamba está desalinhada, o painel dianteiro direito empenado e três rodas foram substituídas por peças improvisadas.
A picape foi exibida pela primeira vez em uma festa junina de Russas, transportada em um caminhão-plataforma, e chamou atenção das pessoas.
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Veículo pode ser classificado como “média monta”
Segundo a Resolução 810/2020 do Contran, a picape que “voou” de uma duna no Ceará e ficou danificada pode ser classificada como veículo de média monta — categoria que inclui danos em suspensão, freios, eixos e deformações estruturais. Nesse caso, o carro só pode voltar a circular legalmente após laudo técnico, apresentação de notas fiscais de serviços e peças, e emissão de um novo Certificado de Segurança Veicular (CSV), emitido por uma instituição licenciada pelo Inmetro.
Apesar da venda, o veículo ainda está no nome de Valécio Granjeiro. A multa de R$ 2.934 por exibição perigosa não foi quitada, o que impede a transferência oficial da propriedade por enquanto.
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