Resultado foi pressionado pela quebra da safra no último ano e seus reflexos negativos sobre os agrosserviços O PIB da cadeia da soja e do biodiesel caiu 5,03% em 2024 na comparação com o ano anterior, segundo dados divulgados hoje pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), feitos em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
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Em coletiva de imprensa, Nicole Renno, pesquisadora do Cepea, disse que o resultado foi pressionado pela quebra da safra da soja no último ano e seus reflexos negativos sobre os agrosserviços.
Os pesquisadores destacam, contudo, que a retração no PIB da cadeia produtiva ocorre após o expressivo avanço de 23% verificado em 2023. Com isso, e considerando também os bons resultados fora da porteira em 2024, a cadeia da soja e do biodiesel ainda agregou no ano o segundo maior volume de sua história, atrás apenas de 2023.
Apesar da melhora nos resultados do terceiro trimestre para o quarto trimestre de 2024, houve baixa de 3,27% no PIB-renda, que alcançou R$ 650,4 bilhões em 2024.
Com esse valor, em 2024, o PIB da cadeia da soja e do biodiesel representou 23,8% do PIB do agronegócio, e ainda 5,5% do PIB nacional. Considerando os valores agregados por tonelada em 2024, o PIB gerado por tonelada de soja produzida e processada (R$ 8.108) representou 4,67 vezes o PIB gerado pela soja produzida e exportada diretamente (R$ 1.738).
Mercado de trabalho
Em 2024, a cadeia produtiva da soja e do biodiesel registrou diminuição de 3,2% no número de pessoas ocupadas, totalizando 2,26 milhões de trabalhadores, com reduções nos agrosserviços e no segmento primário (soja).
A agroindústria da soja teve o maior crescimento, com aumento de 20,71% no número de pessoas ocupadas, refletindo a expansão do processamento e das produções de rações e biodiesel.
O segmento de agrosserviços, apesar de ser o maior em termos de ocupação, apresentou queda de 4,98% no número de pessoas ocupadas em 2024. Esse desempenho decorre, sobretudo, da quebra da safra 2023/24 e da consequente redução de demanda por agrosserviços, parcialmente compensada pelo crescimento da produção no segmento agroindustrial.