A poucas horas de começar a vigorar o tarifaço da Donald Trump sobre as exportações de produtos agrícolas brasileiros, o mercado não vê sinais de que o café do Brasil irá conseguir isenção das sobretaxas. Diante desse contexto, os contratos futuros para setembro subiram 3,52% na bolsa de Nova York, a US$ 2,9870 a libra-peso.
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“Com as tarifas entrando em vigor, teremos uma quebra no fluxo global de café, com impactos para o maior exportador do mundo, o Brasil, e que deve afetar o maior consumidor mundial, os EUA. Isso deixa os investidores nervosos, que preferem comprar contratos para se protegerem”, afirma Antônio Pancieri Neto, da Clonal Corretora de Café.
Ainda segundo ele, até amanhã, muita coisa pode mudar nas negociações entre Brasil e EUA, no entanto “a tensão política nas últimas horas reduz as chances de um entendimento”.
Diante da indefinição sobre o tarifaço americano, Pancieri lembra que a comercialização de café está parada no Brasil.
“Não há qualquer movimentação de vendas. O mercado precisa de previsibilidade para dar andamento às negociações, e hoje não há isso”, lembra.
Cacau
O preço do cacau registrou uma alta robusta na bolsa de Nova York. Os lotes que vencem em dezembro avançaram 3,73%, para US$ 7.750 a tonelada.
Ajustes técnicos direcionaram o fechamento na sessão de hoje. O mercado também repercutiu as chuvas abaixo da média em regiões produtoras do oeste da África.
Suco de laranja
O suco de laranja avançou em Nova York após cinco quedas consecutivas. Os contratos do produto concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) para novembro subiram 0,15%, a US$ 2,3465 a libra-peso.
Açúcar e algodão
O açúcar fechou a sessão em Nova York com preços em queda. Os contratos que vencem em outubro cederam 0,98%, para 16,09 centavos de dólar a libra-peso. Nas negociações do algodão, por sua vez, os lotes com entrega para dezembro subiram 0,71%, a 67,11 centavos de dólar a libra-peso.